Caminhoneiros aderem à greve e fazem piquete em estradas do PR
Caminhoneiros paranaenses fazem, nesta quarta-feira (25), uma série de manifestações, que incluem a realização de piquetes em rodovias do estado, em adesão à greve da categoria
Pelo menos 250 caminhões estavam parados em postos de combustíveis de Astorga e de Campo Mourão, na manhã desta quarta-feira (25), por conta da orientação do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) de suspender a atividade de transporte de cargas em todo Brasil. A informação é dos líderes do Sindicato dos Transportadores Autônomos e Pequenas Empresas da região.
Eles disseram à reportagem que a paralisação é voluntária por parte dos caminhoneiros autônomos ou ligados a empresas. "Não estamos fazendo manifestação, com piquetes por exemplo, mas somos solidários ao movimento nacional que entende que é preciso discutir alguns pontos da Lei do Caminhoneiro [Lei 12.619/12]", explicou o coordenador da paralisação em Astorga, Luiz Carlos Zambom.
De acordo com Zambom, não há interdição de rodovias ou piquetes próximos a Maringá, mas há concentração de caminhoneiros em alguns postos de combustíveis nas saídas das principais cidades. Em Astorga, cerca de cem caminhoneiros aderiram à paralisação, segundo o coordenador local.
Em Campo Mourão, na região Centro-oeste, a paralisação recebeu a adesão de pelo menos 150 caminhoneiros, de acordo com o líder do movimento no município, José Severino Provasi. "Distribuímos 5 mil panfletos para conscientizar os caminhoneiros da região. Neste primeiro dia estamos liberando o transporte de cargas vivas, mas a partir de quinta-feira isso não deve ser permitido. O objetivo é 100% de adesão", afirmou.
O coordenador de Campo Mourão disse ainda que alguns motoristas estariam parados em postos nas saídas de Maringá, o que não foi confirmado pela reportagem até o meio-dia de quarta-feira (25).
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos e de Bens de Maringá (Sindicam), Oswaldo Reginato, explicou que a entidade é contrária à paralisação e orienta os sindicalizados a permanecerem com as atividades de trabalho. O posicionamento, assim, contraria o do Sindicato dos Transportadores Autônomos e Pequenas Empresas.
A posição do Sindicam é questionada pelo coordenador da paralisação em Astorga, Luiz Carlos Zambom. "Eles acham que a situação está boa? Têm o direito de pensar assim. Mas acho, e todo mundo que aderiu também, que a situação do caminhoneiro no Brasil deve ser discutida melhor."
Reivindicações
De acordo com Luiz Carlos Zambom, a paralisação reivindica três pontos principais: ajuste de impostos e encargos para o transportador autônomo, revisão da nova jornada de trabalho limitada a 10 horas para contratados e 12 horas para autônomos - e regularização de que o todo o tipo de transporte no País seja realizado por empresas e caminhoneiros especializados.
"Os encargos cobrados aos caminhoneiros autônomos é um absurdo. Cobram de 25% a 30% sobre o valor da carga", afirmou Zambom.
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