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Áreas como energia, TI e biotecnologia serão beneficiadas | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Áreas como energia, TI e biotecnologia serão beneficiadas| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Quem pode concorrer

Veja quais são os pré requisitos para pleitear investimentos para inovação do fundo de R$ 30 milhões:

• O dinheiro pode ser repassado apenas a micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

• A área de atuação da empresa precisa ser de algum dos setores estratégicos do programa. São eles: petróleo, gás e energias alternativas; tecnologia da informação e comunicação; ciências biológicas e biotecnologia (agrícola, pecuária, florestal e saúde); cadeia da agroindústria; mobilidade; metalmecânica; ciências e tecnologias ambientais.

• O projeto tem de prever uma contrapartida por parte da empresa de 5% do valor a ser recebido, ou seja, de R$ 6 mil a R$ 20 mil.

• O projeto deve apresentar uma proposta inovadora de produto, processo ou serviço.

• O desenvolvimento da proposta deve durar até 24 meses.

  • Edson Campagnolo, presidente da Fiep

As micro e pequenas empresas do Paraná terão direito a um total de R$ 30 milhões para projetos de inovação até 2015. O programa Tecnova, idealizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai destinar de R$ 120 mil a R$ 400 mil a fundo perdido para empresas paranaenses com faturamento de até R$ 3,6 milhões anuais. Do montante total, metade parte da Finep – ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – e metade do Fundo Paraná, como contrapartida do governo estadual.

Para concorrer aos re­­cursos, as empresas devem apresentar projetos de ino­­vação tecnológica ligados a áreas estratégicas como energia, tecnologia da in­­formação e biotecnologia. As empresas beneficiadas precisam prever nos seus projetos uma contrapartida de 5% do valor a ser recebido – de R$ 6 mil a R$ 20 mil. Os projetos devem durar até 24 meses.

Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, a destinação dos recursos à pequenas empresas é essencial para que elas tenham competitividade e colaborem para o crescimento do estado. "Vamos beneficiar diretamente empreendedores com grandes ideias, mas que não têm condições de desenvolver, por exemplo, um protótipo ou uma linha de produção. O aporte vai dar condições para que eles deem o primeiro passo", explica.

Esta é a primeira vez que a Finep desenvolve um programa com modelo de subvenção econômica descentralizada, não reembolsável e direcionada a segmentos estratégicos. O chefe de operações de subvenção da Finep, Marcelo Camargo, acredita que, desta forma, os segmentos que mais precisam de recursos para a inovação serão beneficiados. "Por meio dessa divisão setorial, temos a possibilidade de alocar os recursos de maneira mais eficiente e mais específica", afirma.

O edital com mais detalhes de como os projetos devem ser apresentados sai em abril.

Descentralização

O programa faz parte de um projeto nacional da financiadora, que pretende capilarizar os investimentos em inovação em todas as regiões do Brasil. Para isso, parceiros regionais tiveram de apresentar um projeto para ter direito aos recursos que serão repassados para as empresas.

"Nosso projeto foi muito bem aceito pela Finep. Ao contrário de outros estados, chegamos a um consenso entre secretaria, Fiep [Federação das Indústrias do Estado do Paraná] e Tecpar [Instituto de Tecnologia do Paraná] e apresentamos uma proposta única, com uma contrapartida de R$ 15 milhões vinda do estado", conta o secretário Alípio Leal.

Outros estados – São Paulo, por exemplo – ficaram sem os recursos por não chegar a um consenso de projeto de parceria com a Finep.

Fiep abrirá nove centros tecnológicos

Nos próximos três anos, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vai investir R$ 246 milhões na instalação de oito institutos de tecnologia e um centro de inovação de eletroquímica.

Os investimentos fazem parte do Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, capitaneado Senai nacional. Até 2015, o programa vai implantar 23 institutos de inovação e 61 institutos de tecnologia em todo o Brasil.

Os recursos virão da Fiep e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De todo o montante, R$ 185 milhões serão usados para a instalação dos oito Institutos Senai de Tecnologia. Os centros vão oferecer às empresas serviços técnicos em cinco áreas: meio ambiente, papel e celulose, tecnologia da informação, madeira e mobiliário e metal-mecânica. Os institutos também vão fazer testes laboratoriais e de metrologia para avaliar a qualidade dos produtos regionais.

Os outros R$ 61 milhões serão investidos no Instituto de Inovação em Eletroquímica. A ideia é de que as empresas usem a estrutura do centro para o desenvolvimento integrado de produtos, processos e pesquisa aplicada. A unidade também vai oferecer capacitação de pessoal para a área.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, acredita que os investimentos são essenciais para a capacitação da indústria local. "A indústria está de braços abertos para fazer intercâmbio de conhecimento e receber pesquisadores para que possamos melhorar ainda mais a competitividade e a produtividade de nossas empresas", completa. Os primeiros investimentos devem ser feitos ainda neste ano.

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