Pão para ganhar o pão
O ano-novo vai começar com cheiro de pão recém-saído do forno no Jardim João Paulo II, bairro da periferia de Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. A casa que abrigava a associação de moradores está sendo reformada para se transformar na primeira panificadora da região.
Sonho que virou negócio
A fábrica de móveis coordenada pela artesã Maria Madalena Rodrigues nasceu literalmente de um sonho. Nele, os banquinhos coloridos feitos para crianças eram parte de um jardim cheio de borboletas e pessoas felizes. Acordada, ela se uniu a outras dez mulheres e criou a Mamãe Eu Quero.
Futuro construído com brinquedos
A estudante de pedagogia Tainá Andere encontrou em um dos brinquedos que marcou a sua infância sua fonte de renda e, principalmente, uma maneira de viver no local onde sempre desejou: bem longe das grandes cidades.
O Brasil tem hoje 4 milhões de microempreendedores formais com até cinco funcionários. Além disso, 18 milhões de pessoas trabalham sozinhas e outras tantas ainda lutam para levar seus pequenos negócios para a formalidade. Boa parte delas está distante dos grandes centros, crescendo sem alardes e ajudando a economia do Brasil a andar.
São histórias como a da artesã Maria Madalena Rodrigues, de Colombo, da estudante de pedagogia Tainá Andere, que vive na área rural de São José dos Pinhais, e do caldeirista Isaías Fagundes, de Campina Grande do Sul. Hoje eles são também empresários. Mais do que isso, são empreendedores ajudando a mudar a realidade das comunidades onde vivem.
Além do sonho de empreender, eles têm em comum o apoio da Aliança Empreendedora, organização que tem como proposta estimular o empreendedorismo comunitário nas camadas de baixa renda, para um público que não tem acesso a programas de governo ou outros projetos. "Nosso objetivo é levar oportunidade para que essas pessoas possam se incluir na economia, levando conhecimento do negócio e de como e onde vender e, em alguns casos, um microcrédito", explica o diretor da Aliança no Paraná, Rodrigo Brito.
A entidade tem escritórios hoje em três estados brasileiros Paraná, São Paulo e Pernambuco e trabalha com cerca de 29 comunidades carentes. Desde 2005 já foram capacitados mais de 1,8 mil microempreendedores. Segundo Brito, em alguns casos o aumento da renda chegou a quase 200% depois do início das atividades.
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