A China vai manter suas medidas de aperto no setor imobiliário no ano que vem e dará continuidade aos esforços para construir casas mais baratas, relatou hoje a televisão estatal, citando o vice-primeiro-ministro Li Keqiang. Os comentários rebateram especulações recentes entre acadêmicos de que a China poderia reduzir o controle sobre o mercado imobiliário em 2012, já que uma queda expressiva nos preços dos imóveis deve diminuir o crescimento econômico para menos de 9% - uma meta não declarada por Pequim.
"As medidas de aperto no setor imobiliários tiveram certo efeito", declarou Li. "O mercado está entrando num período crítico, portanto precisamos manter orientação política de conter o crescimento excessivamente rápido dos preços dos imóveis." O custo alto dos imóveis tem sido uma grande queixa no país e Pequim vê nessa questão uma possível fonte de insatisfação social.
Desde abril de 2010, a China atribuiu uma série de medidas para conter os preços dos imóveis, inclusive a exigência de adiantamentos maiores, limites sobre o número de residências que uma pessoa pode ter, a introdução de uma tarifa sobre propriedade em algumas cidades e a construção de casas para a população de baixa renda.
Li também alertou os governos locais para que garantam a construção de casas acessíveis e de qualidade. "Isso vai impulsionar o consumo e o investimento, que é essencial para a China em meio à desaceleração da economia global", afirmou. O país planeja iniciar a construção de 10 milhões de unidades de residências públicas neste ano, como parte do objetivo de construir 36 milhões de unidades de 2011 a 2015. As informações são da Dow Jones.
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