De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a exportação diária de frango é normalmente de US$ 13 milhões (cerca de R$ 25,3 milhões), o equivalente entre 9 mil e 10 mil toneladas. "A cada 24 horas as empresas deixam de faturar US$ 13 milhões", diz o gerente de Relações Internacionais da entidade, Christian Lohbauer.
Segundo ele, não há mais espaço para armazenar os contêineres nos portos, o que está levando as empresas a considerar a interrupção do abate das aves. "O frango é o primeiro a sentir o impacto da greve porque seu ciclo de vida é curto, de apenas 45 dias. Depois deste prazo, o animal come muito e a rentabilidade cai, o que força o criador a abatê-lo", explicou. No caso dos suínos e dos bois, existe a possibilidade de manter o animal vivo por mais tempo.
A pauta de reivindicações dos fiscais agropecuários reúne basicamente quatro itens: a reestruturação da carreira, o pagamento do passivo dos médicos veterinários e a criação da Escola Superior de Fiscalização Federal Agropecuária e a realização de concurso público. Esses itens, segundo o sindicato da categoria, foram negociados em dezembro de 2005 em um acordo com o governo federal. O Ministério da Agricultura, no entanto, não teria cumprido o combinado. Hoje, 220 fiscais federais atuam no estado. No Brasil são cerca de 5 mil servidores. A categoria de fiscais federais agropecuários é formada por médicos veterinários, agrônomos, engenheiros agrônomos, engenheiros químicos e zootecnistas.