Rogério Bório, diretor de operações da Pesa: sua empresa fica a menos de 30 quilômetros da recém-inaugurada fábrica da Caterpillar em Campo Largo| Foto: Jomar Brustolin/Divulgação

Empresa investe também em serviços

O predomínio da área de vendas no faturamento geral da Pesa ficará ainda mais representativo com a instalação da Caterpillar em Campo largo. Mas a empresa prevê investimentos também em outra divisão, a de serviços. Segundo o diretor Rogério Bório, essa é a área que deve ganhar mais destaque no futuro, em razão de novas tecnologias que serviriam para aumentar a produtividade do trabalho com as máquinas.

A Pesa já investe em dois projetos. O primeiro é um novo centro de serviços, que está sendo instalado em Nova Santa Rita (RS). Com área total equivalente à da matriz, de 70 mil metros quadrados, a filial deve ser inaugurada em 2012 e vai incrementar a participação da empresa no Rio Grande do Sul.

O outro projeto diz respeito à vinda de produtos da SiTech para o Sul do país. A representação da marca – especializada em produtos de tecnologia para gestão e manutenção de equipamentos – será uma operação nova e independente das atividades atuais da Pesa. A previsão de Paulo Carva­­lho, que trabalha no projeto em parceria com a Pesa, é de que a tecnologia já possa ser oferecida no início de dezembro.

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A Paraná Equipamentos (Pesa) pretende alcançar uma receita anual de R$ 1,625 bilhão em vendas de máquinas até 2016. A estimativa, feita por seu diretor de operações, Rogério Bório, está baseada no objetivo da empresa de faturar R$ 2,5 bilhões por ano dentro dos próximos cinco anos, contando também as operações de aluguel e de serviços para os equipamentos.

Segundo Bório, o objetivo foi fixado neste ano em conjunto com a Caterpillar, principal fornecedora de equipamentos da empresa. Se alcançada, a meta corresponderá a um crescimento de 178% no faturamento total da empresa, que deve fechar 2011 em R$ 900 milhões. Na metade do ano, a Pesa havia anun­­­ciado a expectativa de fechar 2011 já com R$ 1 bilhão em vendas, mas a meta acabou sendo revista para baixo, em parte pelos escândalos no Ministério do Transporte, deflagrados em julho – que teriam esfriado parte do setor de obras públicas, segundo o diretor da Pesa.

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A meta para 2016, no entanto, está mantida. E se baseia, entre outros fatores, na instalação de uma fábrica da Caterpillar em Campo Largo, na região de Curitiba. A linha foi inaugurada em outubro para a produção de equipamentos voltados à construção civil e já passa a impulsionar os negócios da Pesa, que tem sua sede a menos de 30 quilômetros da fábrica.

Essa proximidade não é fruto de coincidência: foi o próprio Bório quem indicou o local para a Caterpillar. Ainda em 2010, ele fez uma visita à sede da companhia, no estado norte-americano de Illinois. E lá ouviu, do presidente da operação brasileira da marca, Luiz Cláudio Calil, e da vice-presidente global da divisão de produtos para construção, Mary Bell, que o plano de uma nova fábrica da marca no Brasil havia sido aprovado.

O empresário paranaense não deixou passar a oportunidade e sugeriu um local que seria "espetacular" para a futura planta: uma área de 1 milhão de metros quadrados que, anos antes, a Chrysler havia escolhido para se instalar no Brasil, e estava desocupada.

A Caterpillar não escolheu o ponto apenas pelo contato com o executivo da Pesa. Mas, com a fábrica recém-inaugurada, justamente no ponto indicado por Bório, aquela visita aos Estados Unidos se mostrou proveitosa para os dois lados.

Para a Pesa, ter uma fábrica de seus principais produtos com tanta proximidade de suas operações é vantajoso, entre outros fatores, pela logística simplificada e pela proximidade ainda maior com a operação da Caterpillar. A empresa norte-americana, por sua vez, ganha com a possibilidade de elevar sua participação na Região Sul e no Mercosul, além de aumentar a parceria com a revendedora, que deve comercializar neste ano R$ 585 milhões em produtos Cater­­pillar.

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