A falta de correção da tabela do Imposto de Renda (IR) pela inflação, a partir de 1996, provocou um forte aumento da carga tributária para os aposentados. Um estudo da consultoria Ernst & Young mostra que o peso do IR é hoje quase dez vezes maior do que era há 11 anos para aposentados com menos de 65 anos que recebem o benefício máximo do INSS.

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Para demonstrar o impacto do congelamento da tabela do imposto, a consultoria calculou quanto representou a mordida do Leão a cada ano no benefício desses aposentados. Ou seja, a alíquota efetiva. Em 1996, o aposentado que ganhava o teto máximo, de R$ 957,56, pagava 15% de IR sobre a sua renda. Mas a alíquota efetiva era de menos de 1%. Hoje o mesmo aposentado, cujo benefício máximo está em R$ 2.801,82, passou para a faixa de tributação mais alta, na qual o imposto incidente é de 27,5%, e a alíquota efetiva, de 8,76%. Quer dizer, em 11 anos o peso do IR no benefício deu um salto de 871% (9,7 vezes).

Como a tabela do tributo é progressiva, os primeiros R$ 1.313,69 são isentos do IR. A faixa intermediária do rendimento paga 15% de alíquota e o restante, 27,5%.

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