Curitiba O advogado Luiz Roberto Borges é categórico: "Na maioria dos supermercados, só vale a pena comprar o que está em oferta". Por opção, é ele quem faz as compras da casa, onde mora com a esposa, e também as pesquisas de preço. Além de freqüentar um supermercado perto de sua residência, Borges acompanha as promoções de outras redes e não dispensa uma consulta aos tablóides de ofertas antes de ir às compras.
"Sou uma pessoa exigente em relação a tudo, desde o atendimento. Por isso tenho esse cuidado de verificar sempre os valores. Muitas pessoas pagam preços absurdos só por comodidade, porque compram sempre no mesmo lugar", diz. "Vale a pena ir a outros lugares porque, com essa grande quantidade de redes que temos em Curitiba, sempre há alguma loja perto."
Assim como o advogado, muitas pessoas usam panfletos de supermercados como fonte de pesquisas de preços. Foi isso que revelou uma recente pesquisa qualitativa realizada pelo Instituto Data Popular, a pedido da editora curitibana Posigraf. Segundo a gerente da companhia, Luciana Aguiar, o estudo foi realizado com três grupos de discussão, com o objetivo de entender a percepção que os consumidores têm sobre esse tipo de material de divulgação e o seu impacto na decisão de compra.
"Os folhetos funcionam como uma referência para equilibrar o orçamento doméstico. Os consumidores têm os seus estabelecimentos de preferência, mas são fiéis às ofertas", diz Luciana. Segundo a gerente, as mulheres são as principais leitoras desse tipo de propaganda. "Elas acumulam folhetos de diversas lojas, a fim de comparar qual delas tem o melhor preço e só depois comprar", analisa.
Outra observação da pesquisa serve de alerta para o consumidor: nem sempre o produto que está no folheto é necessário, mas pelo desconto, vai para o carrinho de compras. "Se por um lado os consumidores buscam os melhores preços na tentativa de economizar, por outro, os folhetos funcionam como tentação à compra e geram mais despesas do que o planejado", alerta Luciana. O advogado também orienta: "É preciso ter disciplina e comprar realmente só as ofertas."
A aposentada Ariete Paul, moradora de São José dos Pinhais, é uma dessas "colecionadoras de folhetos", mas garante que não cai na tentação. Ela conta que, por causa do orçamento apertado, verifica todos os folhetos que recebe em casa, tanto de supermercado como de lojas de departamentos. "Vejo os encartes, anoto os preços de todas as ofertas num caderno e vou comprar naquele lugar onde os preços estão mais baixos."
O consumidor deve lembrar também que os tablóides funcionam como comprovação de preços para aproveitar as promoções da própria rede anunciante e de outros supermercados. Muitas delas cobrem o valor da concorrência, se um determinado produto estiver sendo vendido mais barato. É comparar e economizar.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião