Mais da metade das exportadoras brasileiras que disputam mercado com a empresas chinesas já estão estão perdendo espaço no cenário internacional e pelo menos 6% delas já pararam de exportar por não suportar as condições de concorrência e competitividade dos chineses. As mais afetadas são as pequenas e médias companhias, conforme demonstra a Sondagem Especial realizada pela Confederação Nacional da Industria (CNI), junto a 1.581 empresas brasileiras de todos os portes, entre os dias 5 de janeiro a 1º de fevereiro.
A pesquisa demonstra que 54% das empresas brasileiras que vendem seus produtos no mercado internacional disputam espaço com as chinesas, sendo que 58% desses empresários acusam perda de participação no mercado externo para o forte concorrente.
As empresas mais afetadas são aquelas dos setores de Vestuário, Couro e Calçados, segmentos que também estão entre as mais fragilizadas no cenário doméstico. Conforme o estudo, nesses três setores pelo menos uma a cada cinco empresas não se susteram a pressão e deixaram de exportar.
Entre aquelas que estão mantendo a fatia de mercado chama atenção as de Papel e Celulose, em que 80% das companhias mantiveram a posição no mercado internacional. Também têm se saído bem as empresas de Alimentos e de Química.
Embora as maioria das grande empresas (60%) concorra com as companhias chinesas, as de pequeno e médio porte as que mais perdem mercado nessa disputa. Conforme a pesquisa, 61% das empresas de porte menor que entram nessa briga acabaram perdendo clientes lá fora.
