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Pessimistas, empresas do Sul preveem lucro menor em 2015

Com o cenário econômico sem boas perspectivas para os próximos meses, os empresários da Região Sul preveem um ano de crescimento tímido e planejam estratégias para contornar as dificuldades. Segundo sondagem feita pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), 44,3% das empresas da região esperam que 2015 seja pior do que o último ano em termos econômicos.

Realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2014, logo após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mas sem saber ainda o nome indicado para o Ministério da Fazenda e as medidas de austeridade, a pesquisa apontou preocupação das empresas tanto com fatores internos, como a lucratividade, quanto com os externos, como dólar, inflação e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

Dados defasados

Mas, diante do cenário de deterioração da economia, a defasagem dos dados é evidente: 93% dos entrevistados preveem crescimento do PIB inferior a 2%; 84% esperam que o ano termine com o dólar acima de R$ 2,50; e 98% antecipam uma taxa anual de inflação superior a 5%. Já segundo o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, o mercado espera uma retração de 0,78% do PIB, o câmbio a R$ 3,06 e uma inflação de 7,93%.

Ainda assim, 60% das empresas esperam conseguir aumentar sua participação no mercado, enquanto 34% espera um desempenho semelhante ao último ano.

“É um ano difícil e as expectativas são realistas, mas os dados apontam que as empresas não vão parar e sim rever suas estratégias e buscar fortalecimento para quando a crise passar”, diz Jonathas Gabardo, sócio da PwC Brasil.

Plano de ação

A ampliação de novos mercados e produtos aparece como principal direcionamento estratégico, apontada por 52% dos entrevistados. Em seguida, o investimento em pesquisa e desenvolvimento, com 34%, e a segmentação, com 28%, também são apontados entre os recursos prioritários para contornar as dificuldades.

Apostando nessas estratégias, 32% das empresas pretendem aumentar seu quadro de funcionários, enquanto 43% devem mantê-lo e 25% reduzirão o número de contratados.

“Apesar das demissões, que acabam sendo naturais em momentos como este, temos um bom número de manutenção e aumento do quadro, o que mostra que as empresas devem se preparar e ter energia para sair na frente assim que o cenário melhore”, explica Gabardo.

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