A Petrobras abre no próximo dia 25 as três propostas comerciais para construção de um navio de liquefação que inicialmente iria escoar o gás natural produzido em dois blocos no pré-sal da bacia de Santos (BM-S-9 e BM-S-11), informou a diretora de Gás, Energia e Fertilizantes da estatal, Graça Foster.
Apesar de a empresa ter optado por um gasoduto submarino, que poderá levar o gás produzido nos dois blocos para os municípios de Maricá ou Cabiúnas, ambos no Estado do Rio de Janeiro, o projeto do navio de liquefação de gás natural vai continuar --mesmo após investimentos terem sido postergados no Plano de Negócios 2011-2015-- e poderá ser instalado em outros campos, disse a executiva.
'Optamos pela rota do gasoduto por causa da demanda do Comperj pelo etano, foi uma decisão sob o ponto de vista econômico', explicou Graça, informando que em outubro será definida a rota para construção.
'Hoje recebemos as propostas técnicas da Technip/Modeç JGC, SBM/Ghyoda e a Saipem, os três projetos foram válidos', disse Graça a respeito do navio de liquefação.
Os sócios da Petrobras nos blocos, BG, Repsol e Galp também participam do processo de escolha do projeto.
O novo destino do navio no entanto ficará por conta da diretoria de Exploração e Produção, informou Graça.
A diretora explicou que a licitação foi aberta antes da decisão de aproveitar o etano para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e não previa a separação do produto.
'Decidimos manter o projeto assim mesmo e instalar onde for necessário, isso nos dá muita flexibilidade', disse Graça.
O navio terá no máximo capacidade para tornar líquido 12 milhões de metros cúbicos diários de gás natural e a diretora não descartou, em um segundo momento, que o projeto seja adaptado para separar o etano.
'Não havia tempo para alterar o projeto, mas pode se pensar em adaptar esse projeto para recuperar o etano', avaliou.
'O projeto do navio será definido à luz do portfólio do E&P (exploração e produção), porque precisa de flexibilidade e poderemos levar o gás para o mercado interno e na pior das hipóteses para o externo', afirmou.
GNL
Outra licitação, para arrendamento de uma navio de reigasificação de Gás Natural Liquefeito (GNL), será levada à aprovação em uma das próximas reuniões de diretoria da Petrobras, informou.
'Queremos que esse chegue antes de 2014 e que possa encostar em qualquer terminal', disse, referindo-se aos terminais da empresa no Ceará, no Rio de Janeiro e na Bahia, além de um quarto terminal que está sendo estudado. A capacidade do navio é de cerca de 20 milhões de metros cúbicos diários.
Desinvestimento
Graça disse ainda, repetindo o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, que esse talvez não seja o melhor momento para venda de ativos, diante do agravamento da crise mundial.
'Temos alguns ativos de distribuição, mas são a terceira casa decimal dos desinvestimentos, não se compara aos farm-outs', disse referindo-se a uma possível venda de participações em empresas distribuidoras de gás no país em contraposição à alienação de fatias em blocos de petróleo e gás natural.
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