A Petrobras adiou para até quinta-feira (13) o racionamento do gás natural importado da Bolívia. A redução do fornecimento deveria começar à zero hora desta terça-feira (11), em virtude do rompimento de um gasoduto em território boliviano. Com isso, o transporte do combustível para o Brasil ficou prejudicado.
Por enquanto, o racionamento deve atingir somente as indústrias que utilizam o gás natural. No Paraná, o acordo entre distribuidoras e governo prevê a redução de quase 10% do gás fornecido para empresas. E quem usa gás natural no apartamento, em casa, no comércio ou para abastecer o carro, a princípio não precisa se preocupar.
O racionamento é problema para alguns setores da indústria, empresários que não têm como manter a produção sem o gás que vem da Bolívia. De acordo com o ParanáTV, as fábricas de cerâmica, louça e porcelana estão entre as mais prejudicadas. Nessas empresas, a temperatura dos fornos tem de ser cuidadosamente controlada. Com menos gás, a intensidade do fogo diminui e a matéria-prima não chega ao ponto ideal.
Uma fábrica que produz 800 mil peças por mês tem um sistema de forno alternativo, à lenha, mas isso não seria suficiente para dar conta da produção. Com gás racionado, parte dos 600 funcionários terá de parar e esperar uma definição.