Pouco mais de 24 horas após o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ter negado, em entrevista na Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) o aumento ocorrido no preço do óleo combustível em suas refinarias, a estatal admite que o aumento realmente ocorreu.
A empresa esclareceu que o reajuste foi de 7% e está sendo praticado desde o último dia 24. Foi o segundo aumento do derivado no ano. A empresa já havia aumentado no mesmo percentual (7%) o preço do combustível no último dia 4. No acumulado, o reajuste chegou aos 14%.
Como houve uma redução de 15% ocorrida em 12 de dezembro do ano passado de 15% e um aumento de 7% no último dia 9, os preços atuais deste combustível nas refinarias ainda estão cerca de 2 68% mais baixos do que os vigentes no início de dezembro de 2008 informou a assessoria de imprensa da Petrobras.
A empresa garantiu, ainda, que no ano passado a defasagem do preço do óleo combustível vendido pela Petrobras foi de 39%. Os ajustes aplicados pela Petrobras aos preços de óleos combustíveis na refinaria tomam por base o mercado internacional que é permanentemente acompanhado pela companhia, diz a nota.
Em nota oficial, a Federação das Industrias do Estado do Rio de Janeiro criticou os aumentos concedidos pela Petrobras ao óleo combustível. A Firjan considera que o anúncio do aumento do preço do óleo combustível - em um contexto que combina a crise mundial, a desaceleração econômica nacional e a queda dos preços internacionais do petróleo - vai na contramão do esforço das indústrias e do país na manutenção do dinamismo econômico.
A majoração do preço desse importante insumo da produção,em especial após diversas indústrias usuárias de gás natural terem sido incentivadas a investir em plantas bicombustíveis, implicará inegavelmente em perda de competitividade e, conseqüentemente, em menor geração de renda e riqueza ao país, diz a nota.
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