Além do escândalo de corrupção no qual está mergulhada, a Petrobras também viu seu nome ser incluído em uma lista de 20 empresas mais poluidoras do mundo, de acordo com relatório elaborado pela Thomson Reuters e divulgado esta semana.

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A estatal aparece na 20ª colocação, com emissões de 73,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono e equivalentes. A primeira colocada é a chinesa Petrochina, com 310,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e equivalentes.

O estudo avaliou o esforço das 500 maiores empresas do mundo --que representam 28% do PIB (Produto Interno Bruto) do mundo em termos de receita-- no sentido de reduzir suas emissões poluentes. Essas companhias, afirma o relatório, foram responsáveis por 13,8% das emissões globais de gases de efeito-estufa em 2013.

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De acordo com o estudo, as emissões poluentes das 500 maiores empresas do mundo cresceram 3,1% de 2010 a 2013, até 4,96 gigatoneladas por ano de dióxido de carbono.

No mesmo período, essas emissões deveriam ter caído 4,2% para haver uma probabilidade de manter a elevação média da temperatura global nos 2ºC previstos pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Só as 20 primeiras colocadas responderam por 56% das emissões das 500 maiores empresas em 2013, de acordo com o relatório.Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram a evolução das emissões de 2010, ano-base para o cálculo das emissões de gases de efeito-estufa, até 2013, o último ano com dados completos.

O mesmo relatório mostrou que a mineradora Vale reduziu suas emissões em 23% principalmente devido à venda de seus ativos de alumínio e também por alterações em sua infraestrutura em 2013.

Crise

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No centro daquele que parece ser o maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro do país, a Petrobras é investigada no Brasil, nos Estados Unidos e na Suíça.

O escândalo envolve dezenas de políticos e as maiores empreiteiras do país --algumas com seus principais executivos presos há mais de um mês em Curitiba.

Foi a primeira vez que executivos da relevância de José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, ou Ricardo Pessoa, da UTC, foram parar na cadeia acusados de corrupção.

Eles são acusados de pagar propinas a diretores da Petrobras para ganhar projetos para construção de grandes refinarias e aluguel de plataformas e sondas de perfuração.

As investigações avançaram principalmente devido aos processos de delação premiada. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef passaram a colaborar com as investigações em troca de uma pena menos severa. A eles se juntaram executivos de empreiteiras que participaram do esquema e conhecem os métodos dos parceiros.

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Paulo Roberto Costa afirmou ter existido na empresa o funcionamento de um cartel de empreiteiras que decidiam os resultados das licitações e cobravam propinas de 3%, parte das quais destinadas a partidos políticos.

Por causa da operação Lava Jato, a empresa atrasou a divulgação de seu balanço auditado do terceiro trimestre de 2014, que inicialmente deveria ter sido publicado em novembro. Uma vez conhecidas as denúncias, a Pwc, auditoria externa da Petrobras, determinou à empresa dar baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas.

A Petrobras tentou apresentar um balanço não auditado em 12 de dezembro, sem sucesso. Graça reconheceu que levará anos para que todas as baixas relativas a corrupção sejam feitas.