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Petrobras aprova nova política de dividendos que pode diminuir valor pago aos acionistas

Petrobras
Nova política modifica a fórmula usada para calcular os dividendos pagos a acionistas e permite recompra de ações. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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A Petrobras divulgou nesta sexta (28) que aprovou uma nova política de dividendos que limita os pagamentos a 45% do fluxo de caixa livre, antes um limite de 60% desconsiderados os investimentos, quando a dívida ficava abaixo de US$ 65 bilhões.

Segundo o comunicado publicado no site da estatal (veja na íntegra), a Petrobras incluiu ainda a recompra de ações como uma opção para recompensar os acionistas. A empresa diz que manterá os pagamentos mínimos de US$ 4 bilhões por ano desde que o preço médio do petróleo tipo Brent esteja acima dos US$ 40 por barril.

“Essa inclusão da recompra na Política [de Remuneração] busca alinhar a Petrobras às suas principais pares internacionais, que vêm realizando robustos programas de recompra de ações, em complemento ao pagamento de dividendos”, disse a estatal no comunicado.

A mudança na Política de Remuneração foi feita após a companhia revisar “elementos estratégicos” do Plano Estratégico 2024-2028, que incluiu um aumento nos investimentos em projetos de baixo carbono e a busca por novas jazidas de petróleo e gás nos próximos cinco anos. No entanto, manteve a remuneração trimestral dos acionistas.

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As novas regras de remuneração dos acionistas passam a valer a partir dos resultados do segundo semestre, que devem ser discutidos na próxima semana.

Em meados de março deste ano, a Petrobras emitiu um documento em que admitia a investidores a possibilidade de revisar a política de distribuição de dividendos, fortemente criticada por lideranças petistas desde a campanha eleitoral do ano passado.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a classificar os valores como “indecentes”, enquanto que o ministro Rui Costa, da Casa Civil, classificou como um “Papai Noel distribuindo brinquedos no final do ano”.

Foram R$ 215,8 bilhões distribuídos aos acionistas em 2022, inclusive ao governo, impulsionados pela alta do preço do petróleo no mercado internacional após o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia. No começo deste ano, os dividendos somaram R$ 24,7 bilhões no primeiro trimestre, ainda sem a nova política de remuneração.

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