O primeiro pregão de 2015 foi marcado pela aversão ao risco, com investidores cautelosos em relação às medidas de ajuste prometidas pela nova equipe econômica do governo. Indicadores negativos na China, Estados Unidos e Europa intensificaram o clima de tensão.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 2,99%, para 48.512 pontos. "Levy sinalizou hoje [ontem] que não há intenção de anunciar medidas já na segunda-feira, quando ele irá tomar posse da Fazenda. Isso não agrada aos investidores. O mercado espera da equipe econômica sinalizações concretas sobre impostos, cortes etc", afirmou o diretor da consultoria Cartezyan, Wagner Caetano.
Os papéis preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, perderam 6,59%, para R$ 9,36 cada um. Já as ações ordinárias da estatal, com direito a voto, registraram desvalorização de 6,15%, para R$ 9.
As ações da mineradora Vale também fecharam o primeiro pregão do ano no vermelho, e ajudaram a manter o Ibovespa pressionado. Os papéis preferenciais da companhia tiveram queda de 2,60%, para R$ 18,73 cada um. O movimento refletiu dados mostrando desaquecimento da indústria na China principal destino das exportações da Vale em dezembro.
Dólar
No câmbio, o dólar voltou a subir em relação ao real ontem, refletindo a menor intensidade das atuações do Banco Central no mercado em 2015 e as expectativas para os ajustes que deverão ser promovidos pela nova equipe econômica. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com valorização de 1,73% sobre o real, cotado em R$ 2,693 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, mostrou alta de 1,16% no dia, também para R$ 2,693.
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