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Petroquímica

Petrobrás compra Suzano por R$ 2,7 bilhões

São Paulo – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou ontem, em entrevista coletiva, a compra da Suzano Petroquímica por R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões para controladores e R$ 600 milhões de oferta pública para minoritários.

O valor da transação corresponde a R$ 13,44 por ação ordinária (ON, com direito a voto) e R$ 10,76 por ação preferencial (PN, sem direito a voto). Com a aquisição, a Petrobrás passa a controlar cerca de 30% do mercado e torna-se a segunda maior petroquímica do país, atrás apenas da Braskem.

Gabrielli negou que o negócio indicaria monópolio no setor petroquímico. "A entrada da Petrobrás na Suzano é o primeiro passo na busca de sócios privados. E pretendemos ter sócios privados no polo petroquímico do Sudeste. O setor é importante por ser um mercado de competência internacional que exige empresas consolidadas", disse Gabrielli. A compra deve melhorar a posição do Brasil no mercado internacional.

O setor petroquímico é responsável por transformar subprodutos do refino do petróleo (como a nafta) e do gás natural (etano e o propano, entre outros) em bens de consumo e bens industriais. Assim, a Petrobrás passaria a atuar nas duas pontas, como fornecedora e consumidora.

No início do ano, o consórcio formado por Petrobrás, Braskem e Ultra (outra gigante do setor petroquímico) havia comprado o grupo Ipiranga por US$ 4 bilhões, em um dos maiores negócios já realizados na área.

Com faturamento de US$ 72,347 bilhões, a Petrobras é apontada como a 65.ª maior empresa do mundo, segundo ranking elaborado pela revista "Fortune" – trata-se da melhor colocação de uma companhia brasileira.

Por setor, a Petrobras ocupa o 12.º lugar entre as empresas consideradas de Refino de Petróleo – a primeira empresa da categoria é Exxon Mobil, que ocupa o segundo lugar na classificação geral.

Líder latino-americana na produção de resinas de polipropileno e segunda maior produtora de resinas termoplásticas do Brasil, a Suzano possui capacidade de produção de 685 mil toneladas por ano de polipropileno, distribuída em suas três unidades industriais.

A empresa, que iniciou suas atividades em 1974, detém também o controle compartilhado da Riopol, produtora de polietileno, e da Petroflex, produtora de elastômeros sintéticos.

Anteontem, a Suzano Petroquímica informou ter encerrado o segundo trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 72,13 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 26,31 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Entre abril e junho, a receita líquida da companhia marcou R$ 700,62 milhões, valor 18% maior do que no segundo trimestre de 2006. Na mesma base de comparação, o custo de vendas avançou apenas 3%, para R$ 566,42 milhões.

A aquisição da Suzano Petroquímica pela Petrobrás pode tirar do papel a unidade beneficiadora de polipropileno que a Suzano anunciou em março para o Paraná. A empresa não havia confirmado a cidade que receberia a fábrica, mas Araucária poderia ser escolhida pela proximidade com a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), onde será produzida a partir do ano que vem a matéria-prima propeno. O investimento seria de US$ 216 milhões. O polipropileno é usado por toda a indústria de plástico e serve de matéria-prima para o tecido nãotecido (que faz fraldas e absorventes) fabricado pela Companhia Providência, líder de mercado instalada em São José dos Pinhais.

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