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petróleo

Petrobras confirma 3.º vazamento em menos de um mês

A Petrobras confirmou ontem o terceiro vazamento de óleo em menos de um mês. Desta vez, cerca de 70 litros de água oleosa vazaram da plataforma Cidade de Santos, no Campo de Uruguá, na Bacia de Santos, no último dia 18.

De acordo com a estatal, a plataforma é operada pela empresa Modec, que imediatamente informou o ocorrido à Petrobras e à Marinha. Dois barcos e uma aeronave foram mobilizados para a contenção do acidente e, ao fim do dia, já não há mais vestígios da água oleosa que vazou, segundo a Petrobras.

No fim de janeiro, um volume equivalente a 160 barris de petróleo vazou de uma tubulação, durante o teste de longa duração na área de Carioca Nordeste, também na Bacia de Santos. Cerca de duas semanas depois, um novo vazamento foi registrado, desta vez na plataforma P-43, na Bacia de Campos.

Segundo o diretor de Tec­nologia e Inovação do Instituto de Pós-Graduação em En­­genharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), Segen Estefen, com o aumento do número de operações no pré-sal brasileiro cresce também os riscos de acidentes com petróleo no país.

"O Brasil hoje tem de buscar excelência na proteção ambiental. Da mesma forma que desenvolvemos tecnologia de ponta [na exploração e produção de petróleo], temos de mirar nossos esforços na proteção ambiental, de uma forma mais ampla", disse.

Para Estefen, é preciso aumentar a confiabilidade dos equipamentos e dos procedimentos. Ele defende que seja criado um centro de monitoramento e prevenção de acidentes, a ser composto por universidades de todo o país.

Contingência

O Plano Nacional de Con­tingência (PNC), que prevê as medidas a serem tomadas pelo governo diante de grandes vazamentos de petróleo no mar, já está finalizado e terá um orçamento anual estimado em R$ 1 bilhão. A conclusão é um avanço, mas o apoio às ações emergenciais de controle dos vazamentos deve ser acompanhado de um sistema eficaz de monitoramento, afirmam especialistas. O valor, de R$ 1 bilhão por ano, é considerado pequeno. Técnicos e ambientalistas dizem que é necessário destinar mais recursos à compra de embarcações e aeronaves para facilitar o acesso aos locais dos vazamentos.

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