A Petrobras confirmou que a região de Tupi, no bloco BM-S-11, no pré-sal da bacia de Santos, tem grande volume de petróleo recuperável. É o que indicam testes feitos pela Petrobras na região, cujas reservas são estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Isso confirma a viabilidade de exploração comercial da área.
Segundo comunicado da Galp, empresa portuguesa que é sócia da Petrobras no bloco, o poço comprovou que a acumulação de petróleo se estende até ao extremo sul da área do plano de avaliação de Tupi e também que a espessura do reservatório com petróleo chega a cerca de 128 metros, o que, de acordo com a empresa, reduz as incertezas das estimativas de volume de hidrocarbonetos da área. A Petrobras não informou o tamanho exato das reservas. A petrolífera brasileira ainda afirmou, em nota, que o óleo de Tupi tem excelente valor comercial. É considerado leve, por ter 28º API quanto mais elevado, na escala até 40º, maior é o aproveitamento do óleo.
Tupi terá a comercialidade declarada até 31 de dezembro, prazo final estipulado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Caso isso não ocorra, a Petrobras perde o direito de concessão sobre a região. A estatal é a operadora, e tem como sócias no bloco a portuguesa Galp e a britânica BG. A produtividade dos reservatórios do pré-sal no poço perfurado será avaliada por meio da realização de testes de formação programados para os próximos meses. Confirmando-se as produtividades esperadas, o consórcio do BM-S-11 estudará a instalação, no sul da área de Tupi, de um dos primeiros navios-plataforma padronizados, projetados para operar no pré-sal da Bacia de Santos, informa a Galp.
Tupi foi a primeira grande descoberta da Petrobras no pré-sal. A empresa anunciou ainda estimativas no pré-sal de Santos dos prospectos de Iara (3 bilhões a 4 bilhões de barris) e de Guará (1 bilhão a 2 bilhões de barris).
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