A Petrobras informou ao mercado nesta terça-feira que os investimentos programados para 2010 são de 79,45 bilhões de reais, e não de 85 bilhões de reais como afirmou a ministra da Casa Civil e candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em evento da estatal na véspera.

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Segundo esclarecimento enviado à Comissão de Valores Mobiliários a Petrobras detalhou que a área de Exploração e Produção receberá 35,7 bilhões de reais; a de Abastecimento e Petroquímica 30,7 bilhões de reais; Gás e Energia 4,82 bilhões; Internacional 5 bilhões; Distribuição 666 milhões de reais; Biocombustíveis 750 milhões de reais; e Corporativo, 1,76 bilhão de reais.

No ano passado, até setembro, os investimentos somavam 50,6 bilhões de reais, o que já representava 49 por cento a mais do que o investido em 2008.

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A ministra, também presidente do Conselho de Administração da Petrobras, havia afirmado em discurso para cerca de três mil trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na segunda-feira, que os investimentos da estatal este ano seriam "algo em torno dos 85 bilhões de reais".

A ministra, que estava acompanhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento, saiu sem falar com a imprensa.

Balanço adiado

Mais tarde, o diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa informou que o balanço da empresa seria analisado em uma reunião do conselho de administração da companhia, no dia 19 de março.

De acordo com nota da Petrobras nesta terça-feira, a data realmente está no calendário anual da companhia, mas informou em comunicado que a reunião ainda precisa de confirmação.

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"Em se confirmando esta data, o conselho poderá apreciar os resultados do quarto trimestre e do exercício de 2009. Assim que a reunião e agenda forem confirmadas, a Petrobras irá informar o mercado", explicou a empresa em nota.

A previsão da Petrobras era divulgar o balanço no último dia 25 de fevereiro, mas foi adiado por problemas na agenda dos integrantes do conselho, do qual fazem parte, além da ministra Dilma, o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau; o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Integram ainda o conselho o presidente do Santander, Fabio Barbosa, representando os acionistas ordinários; o presidente da Gerdau, Jorge Gerdau, como representante dos preferencialistas; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; e o vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Quintella.

A Petrobras disse ainda que o Plano de Negócios 2010 a 2014, "encontra-se em discussão, e tão logo seja aprovado será divulgado amplamente ao mercado".

O atraso na divulgação do plano se deve à demora de aprovação da capitalização da Petrobras, atualmente em trâmite no Congresso, e que vai determinar o volume de recursos que estarão disponíveis. No plano anterior, de 2009 a 2013, estavam previstos 174,4 bilhões de dólares de gastos.

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