O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta quinta-feira (02) que a companhia não deverá realizar novas importações de gasolina neste ano. Com o início da safra de cana-de-açúcar e consequente queda do preço do etanol, a demanda interna por gasolina desacelerou nas últimas semanas. "Esperamos não ter pressão muito grande de demanda nos próximos meses", afirmou o executivo, ao participar do 22º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo.
A produção das refinarias da Petrobras, segundo Gabrielli, está praticamente em plena operação, com taxa de utilização acima de 90%. Com restrição na capacidade de produção, a estatal foi obrigada a intensificar as importações de gasolina, principalmente entre março e maio. Essa restrição de capacidade instalada também foi apontada pelo executivo para o aumento das exportações de petróleo da companhia.
Questionado se, diante do cenário atual, uma eventual revisão no preço da gasolina estaria descartada, Gabrielli destacou que "tudo depende do preço do petróleo". Qualquer mudança, indicou Gabrielli, ocorrerá somente após o petróleo encontrar "estabilização em determinado preço". Esse patamar não foi revelado pelo executivo.
Devido à política da Petrobras de não mexer no preço da gasolina a despeito da oscilação no mercado internacional, a previsão de captação de recursos para viabilizar o plano de negócios 2010-2014 permanece igual. Desde o ano passado, a companhia destaca a necessidade de levantar US$ 38 bilhões. O plano de negócios para 2011-2015 ainda está em análise interna da estatal.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast