A Petrobras detalhou, em notas explicativas que acompanham as informações trimestrais, que foi impraticável identificar a data e o montante exatos dos gastos adicionais impostos por fornecedores e empreiteiras à companhia no âmbito das operações fraudulentas investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

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A estatal pondera que os depoimentos identificaram apenas as empresas e não todos os contratos, além de não detalhar os períodos em que os pagamentos que incorporaram os gastos adicionais foram feitos.

“Como a companhia não consegue identificar o montante de gastos adicionais incluídos em cada pagamento no âmbito dos contratos de fornecimento ou o período específico em que os gastos adicionais ocorreram, não é possível determinar o período em que o ativo imobilizado deveria ser ajustado”, justificou a empresa.

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Investigação interna

A Petrobras voltou a informar que dois escritórios de advocacia conduzem uma investigação interna independente, sob direção do Comitê Especial, mas pontuou que a provavelmente terá duração superior a um ano e, por isso, não será possível identificar informações quantitativas para embasar as demonstrações financeiras.

A estatal petroleira avalia ainda que as investigações feitas pelas autoridades brasileiras têm como objetivo determinar a responsabilidade penal dos investigados e não obter de forma detalhada o montante exato dos gatos adicionais, além de que o processo pode durar vários anos.

Diante dessas circunstâncias, a Petrobras adotou, além do ajuste por valor justo dos ativos, uma segunda metodologia, de 3% sobre o valor de contratos alvo de investigação, conforme sugerido por pessoas investigadas na Lava Jato. Este porcentual foi utilizado pelas autoridades brasileiras nas ações contra empreiteiras e fornecedores nas quais buscam reparação por improbidade administrativa.

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A estatal destaca, nas notas explicativas, que evidências adicionais reveladas a partir de 28 de janeiro deste ano ampliaram as informações disponíveis, como depoimentos de Pedro Barusco, de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, parte dos depoimentos de Shinko Nakandakari, ações ajuizadas pelo Ministério Público Federal, e acordo de leniência da Setal Engenharia e Construções.