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Mercado financeiro

Petrobras e Vale puxam baixa de 2,46% na Bovespa no dia

Refletindo o cenário externo negativo e a falta de direção das commodities, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa nesta segunda-feira (25), devolvendo quase todos os ganhos da semana passada. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, teve queda de 2,46%, para 54.477 pontos.

No âmbito corporativo, as ações da Petrobras puxaram as perdas do dia. As ações ON da companhia tiveram perdas de cerca de 2,5%, enquanto as PN recuaram mais de 3,6%. Parte da baixa é atribuída às últimas notícias envolvendo a administração das reservas do pré-sal, mas o comportamento do preço do petróleo no dia também influenciou os negócios.

A segunda empresa em participação na Bovespa, a Vale, caía junto com os preços das commodities no mercado internacional. As ações ON da companhia caíram 3,03%, enquanto as PN tiveram baixa de 1,88%. Além das duas "blue chips", Bradesco, Brasil Telecom, Eletropaulo e Celesc sofreram fortes baixas no dia.

O volume negociado na Bovespa no dia foi de pouco mais de R$ 2,5 bilhões, cerca da metade da média registrada no início do ano pelo mercado brasileiro. Entre as altas destacaram-se a Gol, com ganho de mais de 1,77%, e a empresa Duratex, com alta de 4,28%.

A Bolsa de Nova York fechou em forte queda nesta segunda-feira (25), afetada pelo retorno dos temores sobre as perspectivas do setor financeiro e por um indicador que mostra a persistência da crise imobiliária americana: o índice Dow Jones, referência para Nova York, perdeu 2,08%, enquanto o indicador tecnológico Nasdaq 2,03%.

Análise

Segundo o gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, a baixa liquidez e o comportamento errático da bolsa brasileira refletem a grande dificuldade dos agentes em fazer uma leitura correta do momento atual.

Machado lembra que todos os participantes estão tentando achar alguma direção para bolsa, mas o cenário não permite isso, pois as incertezas sobre a economia e o setor financeiro dos EUA são muito grandes.

Nesse ponto, o gestor alerta sobre o discurso do está barato, então, compra. Para o especialista, há uma perda de referencial de preço. Se tiver uma manutenção da crise por mais tempo, podemos ter uma desaceleração maior da economia que vai nos atingir e esses preços baratos podem ficar ainda mais baratos.

A atitude recomendada pelo gestor é ser conservador e fazer negócios apenas de curtíssimo prazo. "Se está muito difícil prever os próximos dez dias, imagine o longo prazo", afirma.

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