A Petrobras encontrou indícios de petróleo no Irã e dentro de no máximo 3 meses deve concluir uma análise de viabilidade econômica da prospecção no local, afirmou nessa sexta-feira o diretor da área internacional da estatal, Jorge Luiz Zelada.
Segundo ele, a Petrobras já realizou duas perfurações no bloco de Tusan, localizado na região do Golfo Pérsico.
"Não podemos divulgar detalhes ainda. Dentro de dois ou três meses vamos fechar esse assunto. Nosso programa exploratório foi cumprido", disse Zelada a jornalistas. "Há indícios de hidrocarbonetos e avaliamos o potencial. Não sabemos se podemos dar continuidade", complementou.
A Petrobras está no Irã desde 2004 e já investiu no seu programa exploratório cerca de 100 milhões de dólares.
Segundo Zelada, além da viabilidade econômica de Tusan, outro ponto fundamental para a continuidade das atividades no Irã é o modelo regulatório daquele país.
A Petrobras foi contratada pelo governo do Irã para fazer o trabalho exploratório inicial em Tusan e ainda não definiu como será a sua participação na fase de produção.
"Estamos com um contrato de serviço lá, mas nós não somos prestadores de serviço. Dependendo dessas discussões, poderemos continuar lá, até como minoritários", declarou o executivo. "Estamos discutindo algo como uma partilha de produção".
Turquia
A Turquia terá um papel importante na produção internacional nos próximos anos, segundo o diretor.
A previsão da Petrobras é produzir cerca de 100 mil barris até 2020, o equivalente a quase 15 por cento da produção internacional da companhia. O plano de negócios da estatal prevê uma produção global de 632 mil barris ao dia de petróleo e gás até 2020.
A Petrobras tem um bloco em águas profundas e participação em um outro campo no Mar Negro turco. "No segundo semestre desse ano haverá uma campanha da Petrobras na Turquia. A perfuração começa esse ano", declarou Zelada ao lembrar que a estatal iniciou as suas atividades na Turquia em 2005.
Os investimentos da estatal até 2013, na Turquia, serão de aproximadamente 300 milhões de dólares.
O executivo cogitou ainda a possibilidade da estatal entrar no mercado da Namíbia.
Essa semana, representantes do país africano estiveram na Petrobras para conhecer a experiência da estatal no Brasil e no exterior. "Temos uma avaliação de atuação na atividade exploratória da Namíbia. Está bem encaminhado e é uma possibilidade real. A Namíbia é uma nova fronteira", finalizou Zelada.
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