A Petrobras divulgou, na manhã desta sexta-feira (14), que vai "averiguar a veracidade dos fatos" relacionados à denúncia de suborno feita por um suposto ex-funcionário da holandesa SBM Offshore, de quem aluga plataformas. A empresa não deu detalhes de como se dará a apuração. Apenas informou que "tomará providências internas cabíveis".
Na quinta-feira (13), o jornal "Valor Econômico" informou que uma investigação em curso nos Estados Unidos, Inglaterra e Holanda apura casos de suborno pagos pela SBM em três países, e que o suposto ex-funcionário havia revelado detalhes do esquema em postagem na Wikipedia.
A postagem relaciona a Petrobras entre as empresas para as quais a SBM teria pago propina, com volume da ordem de US$ 139 milhões, entre os anos de 2006 e 2001. Segundo o material, o objetivo, basicamente, era acelerar o fechamento de contratos.
A SBM confirmou ontem a informação sobre a investigação, mas apenas nos Estados Unidos e na Holanda, e que voluntariamente havia informado à Justiça ter detectado em investigações internas, em 2012, pagamentos "significativos" a autoridades e funcionários de empresas com quem mantém negócios, em "práticas comerciais impróprias". Disse também ter sofrido tentativa de extorsão de ex-funcionário, e que a publicação na Wikipedia teria ocorrido depois de ter recusado a pagar a quantia exigida, de 3 milhões de euros (pouco menos de R$ 10 milhões).
A Petrobras nega, no comunicado, ter sido notificada pela Justiça da "Holanda, Inglaterra e Estados Unidos" ou por "órgão de controle no Brasil sobre denúncias que se referem à SBM". Informou, ainda, ter tido conhecimento do caso pela reportagem do jornal. Procurado, o presidente da Petrobras no período, José Sérgio Gabrielli, disse que não comentaria o caso.
A SBM confirmou na quinta a informação sobre a investigação, mas apenas nos Estados Unidos e na Holanda, e que voluntariamente havia informado à Justiça ter detectado em investigações internas, em 2012, pagamentos "significativos" a autoridades e funcionários de empresas com quem mantém negócios, em "práticas comerciais impróprias". Disse também ter sofrido tentativa de extorsão de ex-funcionário, e que a publicação na Wikipedia teria ocorrido depois de ter recusado a pagar a quantia exigida, de 3 milhões de euros (pouco menos de R$ 10 milhões).
Oposição pede para PGR investigar denúncia de suborno
A oposição ingressou na Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma ação pedindo que seja investigada a suspeita de que a holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias como a Petrobras, teria pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), entrou ainda pedidos de informações aos Ministérios da Justiça e de Minas e Energia sobre o caso.
Na representação à PGR, Imbassahy reforça a necessidade de investigação em virtude dos prováveis prejuízos à Petrobras e a seus acionistas e dos indícios de gestão temerária do patrimônio.
No requerimento ao Ministério da Justiça, o Líder do PSDB solicita informações sobre as providências tomadas pelos órgãos que integram ou são vinculados ao ministério para a apuração da denúncia. Ao Ministério das Minas e Energia, Imbassahy solicitou cópia de todos os contratos firmados entre a Petrobras e a SBM, com valores e prazos. "Os governos Lula e Dilma deixaram a Petrobras, símbolo do empreendedorismo do país, numa situação até então inimaginável: é a empresa não financeira mais endividada do mundo, com seu valor de mercado cada vez menor, e com a produção em queda. Essa é uma denúncia que precisa ser investigada", afirmou Imbassahy.
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