A Petrobras está iniciando entre quinta-feira (29) e sexta-feira (30) uma nova perfuração no bloco BM-S-9, na região do pré-sal da Bacia de Santos, entorno de Tupi. No mesmo bloco já foram encontrados os reservatórios de Carioca e de Guará. Este nova perfuração será feita a partir do prospecto de Iguaçu, localizado entre as duas descobertas anteriores. A área já havia sido alvo de confusão no passado, quando o diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, chegou a afirmar que havia 33 bilhões de barris em Carioca.

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Segundo o gerente da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso, apenas após o período completo da perfuração é que será possível identificar se novos reservatórios na área são ligados ou não aos de Carioca e de Guará. Ele lembra que isso já aconteceu no BM-S-11, onde dois poços com distâncias de 10 quilômetros entre si comprovaram ser o mesmo reservatório de Tupi. Já um terceiro foi identificado separadamente e chamado de prospecto de Iara. O período de perfuração deve levar em torno de três meses.

Pelas sísmicas realizadas no BM-S-9, a Petrobras identificou ainda os prospectos Complex, Tupã, Abaré e Abaré Oeste, que ainda não possuem poços perfurados. Se identificado um novo reservatório em Iguaçu, será o nono descoberto pela estatal naquela área do pré-sal. Já foram descobertas reservas potenciais em Tupi, Iara, Júpiter, Carioca, Guará, Caramba, Parati e Bem-te-vi. Destes, apenas foram revelados os volumes potenciais referentes à Tupi (entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris) e Iara (entre 2 bilhões e 4 bilhões). Há ainda uma perfuração ocorrendo no momento, no prospecto de Azulão, no BM-S-22, bloco operado pela Exxon.

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O BM-S-9 é operado pela Petrobras com 45% de participação, em parceria com a britânica BG (30%) e a Repsol YPF (25%). O bloco está entre os 27 que tiveram autorizada pela ANP a extensão do prazo do programa exploratório mínimo. Dos blocos beneficiados, 11 estão localizados na Bacia de Santos. A autorização da ANP atendeu em parte a um pedido da estatal de prorrogar o prazo para 70 blocos. A alegação da companhia considerava tanto atrasos na concessão de licenças ambientais como a falta de equipamentos no mercado internacional.