O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta segunda-feira (26) que o plano de investimentos da estatal contempla uma perspectiva de acelerada produção do pré-sal no período entre 2009 e 2013. Segundo ele, enquanto a Petrobras levou 45 anos para atingir seu primeiro milhão de barris por dia (bpd), as áreas do pré-sal devem levar 12 anos para atingir este primeiro milhão a partir do primeiro óleo produzido.

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O diretor de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella, ressaltou que até 2013 serão investidos US$ 28,9 bilhões nas áreas do pré-sal, sendo US$ 18,6 bilhões no pré-sal da Bacia de Santos, e US$ 10,3 bilhões na Bacia do Espírito Santo.

Ainda segundo ele, considerado o período entre 2009 até 2020, o volume total de investimentos no pré-sal será de US$ 111,4 bilhões. "O acréscimo da produção que vai elevar de 1,8 milhão de bpd para 2,6 milhões bpd o volume produzido pela Petrobras em 2013 não virá do pré-sal, mas sim no melhor aproveitamento dos campos atuais e crescimento da produção nos campos já existentes", disse Estrella

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BNDES

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode oferecer mais US$ 10 bilhões em 2010, caso a empresa precise dos recursos para financiar seus investimentos no ano que vem. Ele disse hoje que a empresa já conseguiu garantir praticamente todo o financiamento necessário para o investimento previsto este ano. A empresa obteve financiamento de US$ 11,9 bilhões com o BNDES e mais US$ 5 bilhões com um conjunto de bancos, sobretudo internacionais.

O plano da Petrobras leva em conta um preço do petróleo para esse ano de US$ 37 o barril e de US$ 40 a partir de 2010. Nesse patamar, a empresa irá gerar um caixa de US$ 120 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. Se o valor ficar acima dessa faixa, a Petrobras pode gerar um caixa maior, na casa de US$ 150 bilhões.

Longo prazo

O presidente da Petrobras afirmou que o plano estratégico e de negócios anunciado pela empresa na última sexta-feira tem como foco o longo prazo, e não o atual momento de crise internacional. Segundo ele, a crise não pode ser ignorada, mas o plano foi estruturado para que a Petrobras possa ter musculatura para crescer no longo prazo e, com isso, aproveitar as oportunidades.

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O executivo lembrou que o plano resolve os problemas de financiamento para os próximos dois anos, período em que as condições de crédito ainda devem estar mais restritas, em função das turbulências no cenário internacional. Gabrielli disse ainda que, se a demanda mundial por petróleo se mantiver quase estagnada até 2020, a produção terá que crescer entre 55 milhões de barris por dia e 65 milhões de barris por dia. Ainda de acordo com ele, a empresa precisa investir agora em aumento de capacidade de produção para poder aproveitar o ciclo de aumento de demanda, quando este for retomado.