O diretor de Investimento e Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou nesta sexta-feira (14) que os investimentos da Petrobras atingiram R$ 32,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. "É cerca de R$ 5,5 bilhões por mês, quase R$ 200 milhões por dia", disse. O executivo afirmou que a companhia fechou o primeiro semestre com R$ 10 bilhões em caixa, antes de receber os recursos do empréstimo de R$ 25 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Se somarmos o que vamos receber do BNDES e do China Development Bank (US$ 10 bilhões), estamos em situação confortável", afirmou.
Barbassa disse que o nível de alavancagem da empresa no fim do primeiro semestre foi de 28%, o que considera dentro "da faixa ideal de alavancagem, de 25% a 30%".
Produção
A produção total da Petrobras apresentou um crescimento de 6% no segundo trimestre de 2009, atingindo 2,524 milhões de barris de óleo equivalente ao dia, ante 2,389 milhões de barris produzidos no mesmo intervalo de 2008, de acordo com informações do balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira. A elevação ocorreu em razão de o aumento na produção das plataformas P-52 e P-54 (Roncador), aliado à entrada em operação das plataformas P-53 (Marlim Leste) e P-51 (Marlim Sul) e do navio plataforma FPSO - Cidade de Niterói (Marlim Leste) ter superado o declínio natural dos campos maduros.
A produção total internacional foi de 241 mil barris por dia, ante 214 mil no mesmo período do ano passado. Já a produção nacional atingiu 2,283 milhões de barris por dia, ante 2,175 milhões do segundo trimestre de 2008.
Custos
O custo de extração de petróleo da Petrobras subiu 33% no segundo trimestre de 2009, em relação ao primeiro trimestre deste ano, passando de US$ 14,69 por barril para US$ 19,50 por barril (considerando as participações governamentais), segundo o balanço divulgado hoje. O comportamento deve-se ao aumento do preço médio de referência do petróleo nacional, reflexo da recuperação das cotações internacionais. No acumulado primeiro semestre, os custos de extração ainda apresentam uma queda de 39% ante os seis primeiros meses de 2008.
Desconsiderando a participação do governo, a alta no custo de extração no trimestre foi de 12%, ante o primeiro trimestre, para US$ 8,72 o barril. Descontando os efeitos da apreciação do real, o custo unitário teve um aumento de 2%. No semestre, o custo sem as participações governamentais caiu 11%. No entanto, desconsiderando os efeitos do câmbio, o indicador teve um crescimento de 4%, reflexo do maior número de intervenções em poços e de manutenção de equipamentos da P-34, de poços no campo de Marlim e na plataforma de Pargo. Os maiores gastos com pessoal também são citados pela companhia como causa do aumento de custos.
Também houve aumento no custo de refino no Brasil, que passou de US$ 2,69 por barril, no primeiro trimestre de 2009, para US$ 3 07 por barril no segundo trimestre (alta de 19%). Descontando os efeitos da apreciação do real, a alta foi de apenas 1%, em razão dos maiores gastos com pessoal e com materiais.