Apesar de o barril do petróleo ter chegado a US$ 70 nesta segunda-feiram, no mercado internacional, a Petrobras não deverá decidir no curto prazo reajustar os preços dos combustíveis. A opinião é do especialista Adriano Pires Rodrigues, ao lembrar que essa é uma das vantagens de o país estar chegando à auto-suficiência na produção de petróleo.
Com uma produção igual ao consumo,a Petrobras poderá manter sua política de preços dos combustíveis alinhados aos preços internacionais, mas acompanhando a média do longo prazo, não repassando aos preços internos a volatilidade internacional.
Atualmente segundo adriano Pires os preços da gasolina vendida pela Petrobras devem estar em torno de 15% mais baratos do que as cotações internacionais, e o diesel 11%, mais barato.
- Não acredito em reajuste de preços no curto prazo, uma vez que estamos em ano eleitoral, e além disso, o presidente Lula vai anunciar no próximo dia 21 a auto-suficiência - disse Adriano ao acrescentar que a companhia também está sendo favorecida com a valorização do real frente ao dólar.
Na próxima sexta a Petrobras deverá anunciar ter atingido a auto-suficiência em petróleo quando a produção terá chegado a 1,8 milhão de barris por dia, igual ao consumo atual. Isso será possível com o início da operação da plataforma P-50 instalada no campo de Albacora Leste na Bacia de Campos.
A P-50 é a maior plataforma em operação do país com capacidade para extrair 180 mil barris por dia de petróleo, e está em fase final de interligação dos seus 16 poços produtos, que começarão nos próximos dias a entrarem em operaçào gradualmente. No mês passado a produção média de petróleo no país foi de 1,74 milhão de barris por dia, um pouco abaixo da média de 1,75 milhão no mês anterior, devido a paradas programadas de algumas unidades para manutenção.