O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira ter ficado surpreso com as ameaças de expulsão feitas no último final de semana pelo presidente do Equador, Rafael Correa, que reclama da dificuldade em negociar novos contratos com a estatal brasileira. Em entrevista concedida após o batismo da plataforma P-51, Gabrielli disse que a Petrobras continua negociando com o governo equatoriano e que as discussões não apresentam grandes dificuldades. Ele afirmou, porém, que a empresa não vai aceitar assinar um contato de prestação de serviços, como quer o Equador.

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"Nas relações internas, da empresa com o governo, não vejo grandes problemas. Há uma discussão sobre o bloco 18 e do OCP (Oleoduto de Petróleo Pesado, em espanhol)", afirmou o executivo sem dar maiores detalhes.

Também presente à entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a questão "é menor do que parece ser". Ele disse que o assunto ainda está na esfera comercial, de negociações entre as estatais brasileira e equatoriana. "Precisamos saber se o Equador quer ter ou não a Petrobras e se a Petrobras, pelas reservas que tem lá, acha que vale a pena investir", disse Lula. Se o tema ganhar a esfera política, disse o presidente, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério de Relações Exteriores deverão entrar na discussão. Lula ressaltou, porém, que o Equador continua sendo parceiro estratégico do Brasil.

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