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Revisão dos planos

Petrobras vai manter operações na Argentina e cancela desestatizações iniciadas em 2015

Petrobras
Petrobras anunciou que vai manter operações na subsidiária argentina além de cancelar desestatizações que já estavam programadas. (Foto: divulgação/Petrobras)

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A Petrobras anunciou que não irá mais se desfazer de ativos considerados estratégicos, encerrando a venda de estruturas de exploração e produção além da subsidiária na Argentina. A empresa, no entanto, continuará a vender participações em três termelétricas. Essas decisões fazem parte de uma revisão do processo de venda de ativos que ainda não haviam alcançado a fase de assinatura dos contratos, segundo anunciou nesta semana.

O plano de desinvestimentos da Petrobras, iniciado em 2015 para reduzir seu endividamento, previa levantar entre US$ 15 bilhões e US$ 25 bilhões com a venda de ativos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu e revisou todos os processos de venda, mantendo apenas aqueles com contratos assinados em andamento.

A estatal confirmou o cancelamento da venda dos polos Urucu e Bahia Terra, do campo de Manati e da Petrobras Operaciones, subsidiária na Argentina. Ao mesmo tempo, manterá a venda de 20% de participação nas térmicas a óleo combustível Termocabo e Suape II, em Pernambuco, e de 18,8% na térmica a gás Araucária, em parceria com a Copel.

A continuidade das operações na Argentina ocorre num momento em que Lula planeja um socorro à combalida economia do país vizinho com uma linha de financiamento às exportações de US$ 600 milhões para os setores de alimentos e autopeças, além de R$ 4,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de diversas estruturas, como o segundo trecho do gasoduto Néstor Kirchner e de duas pontes entre os dois países.

A operação na Argentina chegou a ser suspensa com a venda de 67,2% das ações julho de 2016 à Pampa Energía. No entanto, recomprou parte do capital três meses, incluindo 33,6% de campo de gás não convencional na província de Neuquén e 100% de campo de gás na Bolívia, segundo informações do Valor Econômico.

“Quanto aos demais ativos, a sua permanência no portfólio será reavaliada periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva. Aqueles cujo desinvestimento seja aprovado pelo diretoria serão oportunamente comunicados ao mercado”, disse a estatal em comunicado (veja na íntegra).

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O Polo Urucu, localizado no Amazonas, é a maior reserva terrestre de petróleo e gás do Brasil, mas as negociações de venda foram encerradas devido à falta de acordo entre as partes. A Petrobras também desistiu da venda da participação no campo de gás natural de Manati, na Bahia, e já havia informado anteriormente que não prosseguiria com a venda do Polo Bahia Terra.

A Petroreconcavo, que estava negociando a compra do Polo Bahia Terra, afirmou que as negociações foram paralisadas após uma notificação do Ministério de Minas e Energia.

A venda da participação da Petrobras na Brasympe, dona da térmica Termocabo, e na Suape Energia, detentora da térmica Suape II, continuará. Além disso, a empresa paranaense Copel também está colocando à venda a participação na térmica a gás Araucária como parte do processo de descarbonização.

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