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Energia

Petrobrás pagará aluguel pela UEG mesmo que usina não opere

A Petrobrás vai alugar, por um ano, a Usina Elétrica a Gás (UEG) de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Controlada pela Copel, que detém 80% de seu capital, a UEG ficará à disposição da petroleira – dona dos 20% restantes – até o fim de 2007. Na seqüência, o prazo pode ser prorrogado por mais 12 meses. O acordo entre as duas companhias era esperado desde agosto, mas foi firmado somente em 28 de dezembro, e divulgado nesta quarta-feira pela Copel.

Com o acordo, a Copel passa a ganhar dinheiro com uma termelétrica que tinha grandes chances de ficar parada até 2010. Dependendo do número de horas que a usina funcionar, o valor pago mensalmente pela Petrobrás pode chegar a R$ 16,3 milhões – cerca de R$ 195,6 milhões por ano. Por sua vez, a estatal federal – que é a maior comercializadora de energia elétrica do país no mercado livre, formado por grandes consumidores – passa a contar com uma usina considerada mais eficiente que a maioria das concorrentes, por gerar 50% mais energia com a mesma quantidade de gás natural.

Todos os meses, a Petrobrás vai pagar três parcelas à estatal paranaense. A primeira parcela é fixa e serve para remunerar o investimento feito pela Copel na termelétrica. O valor será de R$ 13,14 por megawatt-hora (MWh), multiplicado pela potência assegurada da usina – 428,35 megawatts (MW) – e pelo número de horas do mês. Somente com essa parcela, a Copel vai receber R$ 4,1 milhões por mês, mesmo que a UEG não opere.

O valor da segunda parcela é variável e será calculado em função da energia gerada pela UEG. Serão R$ 33,23 por MWh, multiplicados pela potência assegurada e pelo número de horas que a usina funcionar. Caso ela opere o mês inteiro, sem interrupções, esse valor pode chegar a R$ 10,4 milhões.

A terceira parcela, fixa, é referente ao contrato de operação e manutenção da usina – serviços que vão ficar a cargo da Copel. O custo para a Petrobrás será de R$ 5,86 por MWh, multiplicado pela potência assegurada e pelo número de horas do mês, totalizando aproximadamente R$ 1,8 milhão. Entre outras coisas, esse valor será destinado ao pagamento dos 70 funcionários da UEG (40 da Copel e 30 terceirizados).

"Consideramos o acordo um ótimo negócio. A Copel vai ser remunerada pelo investimento que fez na UEG Araucária, mesmo que a usina não entre em funcionamento", disse o diretor presidente da empresa paranaense, Rubens Ghilardi.

Leia mais sobre a complicada história da UEG em reportagem no site da versão impressa da Gazeta do Povo (conteúdo exclusivo para assinantes)

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