Com forte pressão para melhorar os resultados financeiros, cortando custos e revendo investimentos previstos, a Petrobras anunciou ontem a adesão de 8.298 funcionários ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), lançado em janeiro. As demissões vão gerar um alívio de R$ 13 bilhões nos próximos quatro anos, em uma previsão tida como "conservadora" pela própria companhia.
A empresa avisou que o impacto da medida nas demonstrações do primeiro trimestre deste ano, que serão divulgadas nas próximas semanas, chegará a R$ 1,6 bilhão, resultado da despesa de R$ 2,4 bilhões com pagamento das indenizações. A diferença se deve a tributos.
Adequação
Segundo a Petrobras, o PIDV tem por objetivo "adequar o efetivo da companhia aos desafios do Plano de Negócios e Gestão 2014-2018" e também às metas do Programa de Otimização dos Custos Operacionais.
A empresa afirma ainda que o processo de dispensa será conciliado à "necessária retenção do conhecimento, indispensável ao crescimento e à continuidade operacional, segura e sustentável da companhia". A Petrobras não informou, porém, como promoverá a retenção do conhecimento dos funcionários em desligamento.
A companhia disse também que o programa atendeu às expectativas de "milhares de empregados da companhia".
Perfil
Aprovado pela Diretoria Executiva da Petrobras, o programa de demissões buscou os empregados aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que continuam trabalhando e os que têm tempo e idade para se aposentar, mas ainda não deram entrada no processo de aposentadoria. Buscou também os que podem se desligar da companhia a qualquer momento, por terem idade igual ou superior a 55 anos.