A Petrobras perfurou um total de 30 poços na camada pré-sal com índice de sucesso de 87%, segundo informou nesta terça-feira (28) a estatal, em nota distribuída à imprensa. Segundo a Petrobras, este número de poços refere-se a toda a extensão da formação geológica abaixo da camada de sal em que existem reservatórios em potencial na costa brasileira e compreende o período até o final de 2008.
Na Bacia de Santos, especificamente, a Petrobras perfurou 11 áreas em que opera, obtendo 100% de sucesso. A nota da Petrobras refere-se à reportagem divulgada hoje no jornal Valor Econômico com o título "No pré-sal, 32% dos poços abertos são pouco viáveis".
A companhia afirmou também que é de seu entendimento que são "improváveis as ocorrências de poços secos, fora dos padrões normais da indústria de petróleo, na área do pré-sal da Bacia de Santos, devido ao conhecimento dos modelos geológicos, da quantidade de dados sísmicos e do número de poços já perfurados com sucesso".
A Petrobras também ratifica na nota as informações divulgas pela companhia em 1º e 15 de outubro de 2008, nas quais esclarece que embora a notificação de indícios de hidrocarbonetos seja um dado positivo, ela não implica em descoberta comercial de óleo ou gás. "A comercialidade de um campo só é possível após o envio e aprovação da declaração de comercialidade na ANP", diz a estatal destacando que até o momento na área do pré-sal da Bacia de Santos e Campos não foi enviada nenhuma declaração de comercialidade à ANP.
A estatal ainda esclareceu que o mapa com a ocorrência do pré-sal que se estende pelas Bacias de Santos e Campos não corresponde a um único campo de petróleo. Além da existência da rocha reservatório, a descoberta de um campo petrolífero decorre da identificação e ocorrência simultânea de uma série de fatores geológicos, os quais definem o posicionamento dos poços exploratórios em determinada bacia sedimentar.
Ao longo da história de exploração das Bacias de Campos e Santos vários poços identificaram os referidos reservatórios, mas, no entanto, os mesmos não foram perfurados em situações geológicas ideais e não tinham como objetivo específico buscar descobertas em reservatórios do pré-sal, explicou a empresa.
A partir de 2006, quando as rochas carbonáticas do pré-sal foram efetivamente comprovadas como potenciais reservatórios para acumulações de petróleo, a Petrobras perfurou os poços na área central da Bacia de Santos, tendo estes reservatórios como objetivos principais. Todos estes poços resultaram em descobertas, cujos planos de avaliação estão sendo realizados.