O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7) que a Petrobras poderá deixar o Equador se não houver um acordo satisfatório para que a empresa continue suas atividades exploratórios no Bloco 18.
"Estou convencido de que essas tensões são menores do que aparentam. Temos que ver se o Equador tem interesse ou não em ter a Petrobras produzindo petróleo e gás lá. A Petrobras, por sua vez, tem que ver se há interesse em manter os investimentos naquele país. Se houver acordo, ótimo. Se não houver acordo, a Petrobras vai procurar o que fazer em outro lugar e o Equador vai procurar outros parceiros. É assim que se resolvem os problemas quando eles se tornam conflitivos", disse o presidente em Angra dos Reis (RJ), onde participou do batismo da plataforma P-51.
O presidente, no entanto, ressaltou que os dois governos se dão bem. "O presidente é nosso amigo e acho que há interesse estratégico em ter uma boa relação com o Brasil".
O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou no último sábado (4) nacionalizar o campo da Petrobras, que produz 32 mil barris de petróleo por dia, caso a empresa brasileira não renegocie seu contrato. Recentemente, o governo equatoriano bloqueou bens da empreiteira Odebrecht e reteve seus funcionários, por causa de falhas na construção de uma hidrelétrica.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, comentou nesta segunda as declarações de Correa.
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