A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (23) que pretende excluir no estatuto da companhia às vedações previstas na Lei das Estatais para indicação de administradores. O anúncio da companhia vem sendo apontado como um "drible" e fez com que as ações caíssem 5%.
Segundo a Petrobras, as possíveis mudanças serão feitas porque a liminar recente do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentada pelo ministro Ricardo Lewandowski, "supostamente" permite esse passo. A decisão publicada em março deste ano, que aguarda o julgamento no plenário do STF, permite que políticos assumam cargos de direção em estatais, sem cumprir a quarentena exigida pela Lei das Estatais.
O julgamento da Lei das Estatais, que iniciou em março deste ano, foi suspenso após o ministro André Mendonça apresentar um pedido de vista. Até o momento, não há data para o retorno do julgamento e sem um posicionamento oficial do STF, a Petrobras tenta driblar a lei para indicar "possíveis apadrinhados políticos" ao conselho administrativo da estatal.
Outro anúncio feito pela Petrobras foi a criação de uma reserva de remuneração de capital, a qual não altera a política de remuneração dos acionistas, já que a efetiva constituição da reserva seria feita somente ao final do exercício, após o pagamento de dividendos.
O anúncio da Petrobras gerou uma série de críticas, entre especialistas e analistas do mercado. Porém, as mudanças no estatuto precisam ser submetidas à aprovação dos acionistas em Assembleia.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast