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Combustível

Petrobras quer mais álcool na gasolina

O Ministério de Minas e Energia recebeu da Petrobras um pedido formal para aumentar de 20% para 25% o teor de álcool anidro na gasolina. A proposta resultou de um estudo sobre a viabilidade financeira e estrutural da alteração na mistura, recém-preparado pela subsidiária Petrobrás Biocombustível.

O estudo identifica benefícios caso a proposta venha a ser aprovada pelo governo. Entre eles, a redução da importação de gasolina, que desde o ano passado, por causa do aumento do consumo e da incapacidade de a Petrobrás abastecer o mercado em expansão, onera o caixa da companhia.

Este ano, de janeiro a abril, a Petrobras importou cerca de 80 mil barris por dia. A expectativa é de que o aumento do etanol na mistura reduza em cerca de 40% o volume de importação do produto, o que contribuiria para um fôlego financeiro da companhia.

O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, revelou nesta sexta-feira que aguarda para breve uma resposta positiva do Ministério de Minas e Energia.

Após participar - sob vaias por causa de sua posição interpretada por ambientalistas como favorável à hidrelétrica de Belo Monte (Pará) - de um debate sobre energia sustentável na Cúpula dos Povos, evento paralelo à conferência Rio+20, Rossetto afirmou que o estudo da empresa já foi encaminhado à apreciação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

O presidente da subsidiária da Petrobras para a área de biocombustíveis demonstrou entusiasmo com a volta da mistura do anidro à gasolina aos níveis anteriores a outubro do ano passado quando o porcentual caiu de 25% para 20%.

"Seria uma medida importante voltarmos ao patamar de 25% do anidro na gasolina. Seria positiva para o setor, pois ampliaria o mercado para o etanol. Há capacidade de assegurar esta oferta e, obviamente, ajudaria numa redução da importação de gasolina", afirmou o executivo.

Para Rossetto, o perfil da proposta da Petrobras Biocombustíveis é "positiva para o setor produtor de etanol, para a Petrobrás e para o mercado de combustíveis do Brasil". "Isso traria um componente positivo, que é a redução de importação da gasolina pela Petrobrás", disse.

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