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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta (21) a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), da Petrobras, para a Grepar Participações. A transação estava em análise pelo órgão desde fevereiro, e foi concretizada com restrições.
Entre as restrições, segundo o Cade, estão a de “não ofertar e não adotar prática comercial mais vantajosa a determinada distribuidora de asfalto ou adotada pela refinaria como sua política comercial padrão”. Isso porque a Grepar também atua no setor do derivado de petróleo, o que poderia gerar uma verticalização e aumento de preços.
“Por meio do referido acordo, a Grepar contrai compromissos de natureza comportamental que entendo suficientes e necessários, além de proporcionais, tempestivos, factíveis e verificáveis para mitigar as preocupações verificadas no caso concreto, possibilitando a aprovação deste ato de concentração”, disse Lenise Prado, conselheira do Cade.
Além das restrições, o conselho também determinou a contratação de uma consultoria para monitorar o cumprimento do acordo estabelecido. Em um comunicado ao mercado nesta quinta (22), a Petrobras informou que "existem outras condições precedentes pendentes a serem cumpridas no âmbito do processo".
A refinaria localizada no Ceará teve o contrato de venda assinado em maio do ano passado por US$ 34 milhões. A unidade produz também diesel, gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene de aviação (QAV) e nafta. No caso do asfalto, a companhia tem uma participação de 10% do mercado nacional e 60% do nordestino.