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A Petrobras informou nesta quinta (1º/6) que o Conselho de Administração da estatal aprovou a revisão do Plano Estratégico de 2024 a 2028 que prevê um aumento nos investimentos em projetos de baixo carbono e a busca por novas jazidas de petróleo e gás nos próximos cinco anos (veja na íntegra).
Segundo a companhia, o chamado Capex (direcionador de investimentos) prevê de 6% a 15% de recursos para os projetos de baixo carbono, contra apenas o máximo de 6% no plano original. Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que o novo direcionador visa levar a estatal a uma diversificação da geração de energia.
“Estamos preparando a companhia para o futuro, para ser uma empresa com atuação nacional e diversificada em energia. Vamos fazer isso preservando a rentabilidade e a sustentabilidade financeira, com segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas. Já reorganizamos a estrutura da empresa, criamos a Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade e agora vamos nos debruçar no detalhamento do novo Plano Estratégico”, afirmou.
As iniciativas que receberão recursos, no entanto, devem ser detalhadas apenas em novembro, quando a Petrobras consolida o plano para os próximos anos. A estatal afirma que serão projetos em energias renováveis e descarbonização das operações, financiados pelo fluxo de caixa operacional e “por meio de parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise”, disse em um comunicado.
Novas estratégias da Petrobras
Entre as novas estratégias estabelecidas pela revisão do plano da Petrobras, está o reforço do objetivo de explorar “novas fronteiras” de prospecção de petróleo e gás para "repor as reservas", mas sem explicar quais são elas. A companhia está em uma disputa com o Ibama para conseguir a licença ambiental para perfurar um poço próximo à foz do rio Amazonas, no Amapá, que levou a uma crise interna no governo entre os ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia.
A Petrobras afirma, ainda, que pretende “maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis”, além de aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações. Também inclui neste quesito a inserção de fontes renováveis e a atuação nos negócios de baixo carbono.
Outro ponto do novo plano é o de aprimorar o parque industrial e a cadeia de abastecimento e logística, buscar a autossuficiência em derivados, aprimoramento de produtos existentes e desenvolvimento de novos produtos em direção a um mercado de baixo carbono.