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O movimento de realização de lucro com ações da Petrobras, que tiveram forte alta na véspera, determinou o rumo negativo do Ibovespa nesta terça-feira (12), apesar dos ganhos de empresas que divulgaram seus resultados, como a CCR e BB Seguridade, terem evitado uma queda maior da bolsa brasileira. A fraqueza dos pregões em Nova York corroborou alguma volatilidade nas operações locais, enquanto muitos agentes também já miravam os vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, ambos na quarta-feira.

O Ibovespa terminou em baixa de 0,3%, a 56.442 pontos. O giro financeiro do pregão somou R$ 4,84 bilhões. "Há duas coisas ditando o movimento da bolsa: o calendário eleitoral e a safra de balanços, com desdobramento eleitoral gerando apreensão pela direção que o fluxo de capital pode tomar, enquanto os resultados provocam agitação no ativo específico", disse o gestor na NP Investimentos Julio Erse.

Ele destacou, contudo, que o volume nesta sessão, assim como no pregão anterior, foi baixo, o que pode ser considerado normal para a época do ano, pois muitos agentes estão ausentes pelo calendário de férias no hemisfério norte. O volume médio diário da bolsa nesta ano é de R$ 6,5 bilhões.

Entre os ativos que mais têm sentido influência da dinâmica eleitoral está a Petrobras, que também se viu recentemente envolvida em intenso noticiário, que gerou motivos para especulação com seus papéis. No espaço de uma semana, a "pauta" da estatal incluiu o balanço do segundo trimestre, dados de produção até o início de agosto, comentários de várias autoridades governamentais - algumas sob a condição de anonimato - acerca do futuro dos preços dos combustíveis e pesquisa sobre a corrida presidencial.

As ações preferenciais da empresa fecharam em queda de 2,33%, a R$ 19,67, depois de terem subido 4,3% na véspera, enquanto as ordinárias declinaram 1,65%, a R$ 18,46, após alta de 3,47% na segunda-feira. Os dois papéis exerceram a principal influência para a queda do Ibovespa.

O quadro externo também contribuiu com a fraqueza na Bovespa, após um dado fraco sobre a confiança de investidores na Alemanha e novos desdobramentos da crise na Ucrânia adicionarem cautela.

Balanços

Da temporada de balanços, o destaque ficou com as ações da CCR

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