O lucro da Petrobras no primeiro trimestre do ano foi além das expectativas e atingiu 10,98 bilhões de reais, alta de 42 por cento em relação ao lucro de 7,7 bilhões de reais registrado há um ano, informou a companhia nesta sexta-feira.
Segundo a empresa, o lucro - maior já registrado para qualquer trimestre - cresceu principalmente devido ao aumento do valor do barril do petróleo, à elevação da produção, e ao crescimento das vendas de gás natural, além de um melhor resultado no lado financeiro.
Estimativa média com sete analistas ouvidos pela Reuters indicava lucro de 10,1 bilhões de reais no primeiro trimestre.
A produção da empresa cresceu 3 por cento no primeiro trimestre, registrando média diária de 2,627 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural).
"(Tivemos um) melhor resultado financeiro (2,72 bilhões de reais), decorrente dos ganhos cambiais sobre o endividamento, refletindo a apreciação do real frente ao dólar", informou a estatal em nota nesta sexta-feira, completando que houve aumento da receita com aplicações financeiras e com títulos públicos federais com os recursos da capitalização ocorrida em setembro de 2010.
A empresa destacou que houve ainda uma redução de 5 por cento nas despesas da companhia, ou 439 milhões de reais.
Já o custo de tirar o petróleo dos poços, conhecido como 'lifting cost', sem as participações governamentais, aumentou 21 por cento, para 11,38 dólares por barril. Com as participações governamentais, o aumento foi de 28 por cento, para 30,48 dólares por barril.
"(Isso ocorrreu) devido ao maior número de intervenções em poços nos campos de Marlim Leste, Roncador, Marlim Sul e Albacora Leste e à manutenção preventiva no campo de Marlim", informou a companhia em nota.
O Ebitda da empresa, que mede a capacidade de geração de caixa, foi de 16,1 bilhões de reais de janeiro a março, contra 15,07 bilhões de reais registrados no primeiro trimestre do ano anterior.
A Petrobras investiu 15,8 bilhões de reais de janeiro a março, sendo 7,2 bilhões de reais na área de Exploração e Produção, responsável por um lucro de 9,3 bilhões de reais no primeiro trimestre, e 5,8 bilhões de reais para a área de Abastecimento, que fechou o trimestre no vermelho.
Prejuízo
A área de Abastecimento teve prejuízo de 95 milhões de reais no primeiro trimestre, contra o lucro de 1,1 bilhão de reais há um ano, justificado pelo aumento de importações de petróleo.
Segundo a Petrobras, a importação de petróleo no período visou a recomposição dos estoques da empresa e também a necessidade de processamento de óleo mais leve na Refinaria de Paulínia (Replan), devido à parada de um duto que escoa a produção de óleo combustível e gasóleo da refinaria, explicou.
Por outro lado, a estatal teve que exportar menos pretróleo para direcionar a produção para o aquecido mercado interno de gasolina.
A produção de derivados aumentou 6 por cento no primeiro trimestre e a carga processada nas refinarias teve acréscimo de 7 por cento, para 1,852 milhão de b/d, contra 1,738 milhão b/d refinados no primeiro trimestre do ano passado.
O custo do refino no país subiu 24 por cento, para 4,53 dólares o barril, em função com maiores gastos com paradas programadas em unidades de conversão.
Já a área de Gás e Energia conseguiu aumentar em 59 por cento o seu ganho, para 515 milhões de reais, decorrente de vendas maiores seguindo a melhora da atividade industrial no país, e uma maior demada por energia. Além disso, houve aumento de receita fixa com a entrada em operação de mais duas termelétricas.
Segundo a Petrobras, houve aumento de 70 por cento no seu volume gerado de energia por conta do período de estiagem que obrigou o governo a utilizar mais térmicas do que o previsto no início do ano.
A área Internacional também teve melhora nos resultados, puxada por melhores preços das commodities no mercado internacional e incremento de vendas na Nigéria com a entrada em operação de novos poços produtores em 2010.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas
Centrão defende negociação para tentar conter excessos do STF em 2025
Prisão de Daniel Silveira contrasta com política do CNJ que relaxou saidinha em SP
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast