A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no primeiro trimestre de 2016. No mesmo período do ano anterior, a empresa havia registrado lucro de R$ 5,330 bilhões. Segundo a empresa, o resultado foi provocado pela redução da produção de petróleo e queda de vendas no mercado doméstico.
Contribuíram também o aumento de gastos com equipamentos ociosos, principalmente sondas, e maior pagamento de juros, disse a empresa em comunicado. O balanço foi divulgado na tarde desta quinta-feira (12).
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Em 2015, a companhia teve um prejuízo recorde de R$ 36,938 bilhões, com forte impacto de uma série de baixas no valor de ativos por causa da queda do preço do petróleo no mercado internacional e dos altos gastos para manutenção de sua dívida.
No primeiro trimestre, a dívida da empresa caiu para R$ 450,015 bilhões, ante os R$ 492,894 bilhões do final de 2015, reflexo da valorização do real sobre o dólar no período. A Petrobras fechou o trimestre com R$ 80,521 bilhões em caixa.
A receita da Petrobras nos primeiros três meses de 2016 foi de R$ 70,337 bilhões, 5% a menos do que os R$ 74,353 bilhões registrados no mesmo período de 2015.
Já a geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 21,091, praticamente estável em relação aos R$ 21,518 bilhões do primeiro trimestre do ano anterior.
Áreas
Com a queda nos preços do petróleo, a área de exploração e produção da companhia teve prejuízo de R$ 605 milhões, contra um lucro de R$ 3,413 bilhões no primeiro trimestre do ano anterior.
Já a área de abastecimento, impulsionada pelos altos preços da gasolina, teve lucro de R$ 7,976 bilhões, alta de 29% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, apesar da queda nas vendas.
Trocas na Petrobras e no Banco do Brasil devem ficar para segundo momento
Interlocutores dizem que decisões serão feitas com calma para evitar turbulência no mercado
A troca nos comandos da Petrobras e do Banco do Brasil devem ficar para um segundo momento no governo Michel Temer. O futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai participar da escolha dos substitutos de Aldemir Bendine (Petrobras) e Alexandre Abreu (BB), mas isso será feito com calma para não criar turbulências no mercado financeiro, afirmam interlocutores. Para o comando da Caixa, foi escolhido o ex-ministro da Integração Nacional e das Cidades, Gilberto Occhi, indicado pelo PP e aceito por Meirelles.
Alguns nomes que foram ventilados para a Petrobras, no entanto, já foram descartados. Um deles é do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Segundo interlocutores de Temer, ele não poderia comandar a estatal tendo atuado como consultor de empresas estrangeiras no setor de petróleo e gás. Outro nome que tem circulado para a Petrobras é o do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Jorge Camargo.
Uma das preocupações do novo governo é que o presidente da Petrobras seja um nome amigável aos petroleiros e não tenha atuado em favor de concorrentes estrangeiros. As organizações de funcionários da Petrobras são organizadas e têm um viés estatista. Por isso, a ideia é não tensionar as relações com o grupo. Para ganhar tempo, o próprio presidente interino já procurou Bendine e pediu que ele aguarde no posto até que uma transição seja feita.
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