A Petrobras informou nesta segunda-feira (29) que vai divulgar, em janeiro, o balanço do terceiro trimestre de 2014. O documento, porém, será divulgado sem o relatório de revisão da PwC, que faz auditoria externa nas contas da empresa.
"Com esse prazo, a companhia estará atendendo suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores", informou em comunicado.
A estatal está atrasada com a entrega do balanço porque, uma vez conhecidas as denúncias da Operação Lava Jato, a PwC determinou à empresa dar baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas.
As denúncias começaram a ser reveladas com o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça, em outubro. Ele afirmou ter existido na empresa o funcionamento de um cartel de empreiteiras que decidiam os resultados das licitações e cobravam propinas de 3%, parte das quais destinadas a partidos políticos.
A Petrobras tentou apresentar um balanço não auditado em 12 de dezembro, sem sucesso. A presidente da empresa, Graça Foster, reconheceu que levará anos para que todas as baixas relativas a corrupção sejam feitas.
No comunicado divulgado nesta segunda, a empresa diz que está revisando seu planejamento para o ano de 2015, "implementando uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações".
Também cita que está melhorando seus controles internos e empenhada em divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC assim que possível.
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