Estatal diz estar melhorando seus controles internos| Foto: Antonio Lacerda/Efe

A Petrobras informou que vai divulgar, em janeiro, o balanço do terceiro trimestre de 2014. O documento, porém, será publicado sem o relatório de revisão da PwC, que faz auditoria externa nas contas da empresa.

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"Com esse prazo, a companhia estará atendendo suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores", informou em comunicado. A estatal está atrasada com a entrega do balanço porque, uma vez conhecidas as denúncias da Operação Lava Jato, a PwC determinou à empresa dar baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas.

As denúncias começaram a ser reveladas com o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça, em outubro. Ele afirmou ter existido na empresa o funcionamento de um cartel de empreiteiras que decidiam os resultados das licitações e cobravam propinas de 3%, parte das quais destinadas a partidos políticos.

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A Petrobras tentou apresentar um balanço não auditado em 12 de dezembro, sem sucesso. A presidente da empresa, Graça Foster, reconheceu que levará anos para que todas as baixas relativas a corrupção sejam feitas.

No comunicado divulgado na segunda-feira, a empresa diz que está revisando seu planejamento para o ano de 2015, "implementando uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações".

Também cita que está melhorando seus controles internos e empenhada em divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC assim que possível.

Despesas

Ontem, o governo federal divulgou o decreto em que detalha o Programa de Dispêndios Globais (PDG) para 2015. Pelo documento, são apresentadas as previsões de despesas orçamentárias da Petrobras, embora a companhia ainda não tenha divulgado oficialmente seu Plano de Negócios e Gestão (PNG) para o próximo ano. De acordo com o planejamento do governo federal, a estatal irá gastar R$ 399,7 bilhões ao longo do ano entre despesas correntes e de capital. Só em investimentos estão previstos R$ 69,4 bilhões.

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