São Paulo (Folhapress) A Petrobrás anunciou ontem a aprovação de um plano diretor para desenvolvimento da produção de gás natural e petróleo na bacia de Santos. Os investimentos totalizam cerca de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 42 bilhões) a serem utilizados nos próximos 10 anos. O plano diretor prevê um acréscimo de cerca de 12 milhões de m3/dia no fornecimento de gás ao mercado do Sudeste, a partir do segundo semestre de 2008. Até o final de 2010, esse volume deverá elevar, segundo os cálculos da estatal, para aproximadamente 30 milhões de m3/dia de gás e de 100 mil barris de petróleo por dia.
Segundo a Petrobrás, o desenvolvimento do plano na bacia de Santos é dividido em cinco pólos de produção: Merluza, que produz atualmente 1,2 milhão de m3/dia de gás e 1.600 barris por dia de condensado; Mexilhão, que deve adquirir capacidade para produzir até 15 milhões de m3/dia de gás e 20 mil barris de petróleo e condensado; BS-500, que prevê a instalação de sistemas de produção de gás e óleo; Sul, que produz, atualmente, 9 mil barris de petróleo por dia; Centro, que pode ser utilizada para envio do gás para a plataforma de Mexilhão.
A bacia de Santos está localizada numa área de cerca de 352 mil quilômetros quadrados e se estende pelo litoral sul do estado do Rio de Janeiro (onde está 25% da sua área de concessão), passando por toda a costa de São Paulo (52%) e do Paraná (6%), e pela parte norte do litoral de Santa Catarina (7%).
A petroleira estatal argentina Enarsa anunciou nesta quarta-feira acordo com a Petrobrás, a espanhola Repsol-YPF e a uruguaia Petrouruguay para a exploração e produção de petróleo a partir de 2008 no mar da Argentina. Segundo o governo argentino, os investimentos previstos para a fase de exploração deverão ficar entre US$ 40 e US$ 100 milhões e são considerados de alto risco econômico pela Repsol, empresa que ficará com a operação da área. A estatal argentina terá 35% do consórcio, a Petrobrás, 25%, a Repsol, outros 35%, e a Petrouruguay, 5%. Os recursos para a exploração da área serão investidos pelas empresas do Brasil, Espanha e Uruguai.