Ondas
Licitação pode atrasar
Elevados riscos financeiros e uma guerra já declarada entre concorrentes podem inviabilizar a megalicitação que a Petrobras lançou no ano passado para contratação de até 28 sondas a serem construídas no Brasil. A abertura dos envelopes está prevista para quinta-feira e os sete concorrentes qualificados iniciaram uma guerra, na qual trocam acusações em documentos enviados à Petrobras. A maioria dos 40 recursos apresentados pelas empresas trata principalmente da qualificação de três grupos (Andrade Gutierrez, Eisa e o consórcio Alusa/Galvão) para a segunda fase da disputa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita Cabo Verde, afirmou que pedirá à direção da Petrobras que inicie as conversas com o governo cabo-verdiano para que faça prospecção de petróleo naquele país. "Queremos expandir a Petrobras para que ela possa fazer estudos em outros lugares, sobretudo em águas profundas. Conversei com o primeiro-ministro e Cabo Verde tem interesse em fazer estudos em suas águas", disse Lula em pronunciamento conjunto com o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves. Lula disse que, assim que regressar ao Brasil, após viagem a seis países da África, conversará com a direção da empresa. "Eu assumi compromisso de, regressando ao Brasil, conversar com a direção da Petrobras para que venha gente aqui fazer uma primeira conversa com autoridades de Cabo Verde para ver as possibilidades. Segundo Lula, a atuação da Petrobras em Cabo Verde deverá ser feita com transferência de tecnologia em exploração em águas ultraprofundas, área em que a Petrobras tem excelência no mercado mundial. "Nós não vamos abdicar da política de solidariedade. Vamos partilhar o conhecimento que nós temos com os outros países", afirmou. "O Brasil está vivendo um momento muito especial com perspectiva de exploração em águas ultraprofundas, na chamada camada pré-sal. Há o compromisso de investir US$ 224 bilhões até 2014 na construção de sondas, navios, pesquisa e expedições", disse.
José Maria Neves, por sua vez, demonstrou entusiasmo com a possibilidade da empresa atuar em Cabo Verde. "Há indicações de que pode haver petróleo em Cabo Verde em águas ultraprofundas, petróleo e gás", disse o primeiro ministro. Neves ainda ressaltou que é estratégico para Cabo Verde ter o domínio do mar e das riquezas provenientes do mar do arquipélago. "Nós queremos cooperar com o Brasil para realizar os estudos técnicos necessários para saber se há recursos petrolíferos ou gás aqui em Cabo Verde. Essa é uma área fundamental de cooperação", disse o primeiro-ministro.
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