BRASÍLIA, SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO - Depois de perder a batalha pela manutenção do modelo de concessão para exploração de petróleo na camada pré-sal, os investidores privados já definiram os próximos passos para alterar a proposta do governo e torná-la mais atraente. O ponto de partida é a retirada da urgência na tramitação dos projetos. A partir daí, vão trabalhar pelo fim da exclusividade da Petrobras como operadora e para retirar o poder de veto da nova estatal, a Petro-Sal, nos comitês operacionais que vão supervisionar a exploração de cada campo.
Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, membros do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) disseram ontem que o monopólio dado à Petrobras como operadora e o forte poder da nova estatal inibem o investimento no setor.
Altíssima produtividade
A Petrobras anunciou ontem à noite que concluiu os testes de formação em águas ultraprofundas no poço de Guará, na Bacia de Santos, e constatou uma "altíssima produtividade" dos reservatórios com óleo do pré-sal nesta área. A estatal informou que, com os dados obtidos até o momento, pode-se estimar em Guará um volume de óleo recuperável na faixa de 1,1 bilhão a 2 bilhões de barris de óleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API.
Pelas estimativas da companhia, a produção inicial do poço é de cerca de 50 mil barris de óleo por dia. A área deverá ser priorizada para o recebimento do sistema de produção para o pré-sal da Bacia de Santos, que se encontra em licitação. O poço fica a cerca de 310 quilômetros da costa de São Paulo e 55 quilômetros a sudoeste do poço de Tupi.
Retomada em Tupi
A Petrobras também informou que a produção na área de Tupi foi retomada no sábado. O poço havia sido fechado no início de julho, depois que um dos equipamentos submarinos apresentou defeito. A área é a primeira do polo central do pré-sal na bacia de Santos a operar, de forma experimental. O chamado Teste de Longa Duração (TLD) vai durar 15 meses, e fornecerá informações sobre o comportamento do reservatório local durante a extração de óleo.
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