Em assembleias realizadas em sessões diferentes entre a quinta-feira e ontem, petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, aceitaram a proposta de greve levantada pelo sindicato da categoria (Sindipetro-PR/SC), mas decidiram que não vão parar os serviços imediatamente. A classe decidiu usar a aprovação da paralisação como uma "carta na manga" até que se esgotem todas as tentativas de negociação com a empresa. Também ontem, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou que a refinaria voltará a operar com dois terços da carga usualmente processada. O órgão regulador não especificou, no entanto, quando seria essa retomada.

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No fim de novembro, a Unidade de Destilação U-2100 da refinaria teve o funcionamento paralisado em consequência do acidente seguido de incêndio ocorrido no dia 28 de novembro. Desde então, a produção na refinaria, conforme informações do sindicato, é normal apenas no setor de tancagem da refinaria, onde é estocado parte da gasolina e do diesel. A Repar tem sido abastecida com combustíveis trazidos de Paranaguá e São Francisco do Sul (SC).

De acordo com o Sin­di­petro-PR/SC, praticamente nenhuma das propostas feitas pela empresa – que envolvem questões de saúde e segurança – foi aceita pela Repar. Um dos únicos avanços na negociação teria sido a criarção de uma comissão de segurança, com a participação do sindicato, para acompanhar a manutenção da unidade danificada.

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Segundo Anselmo Ruoso, diretor do sindicato, além da implantação da comissão, os trabalhadores também pedem a contratação de 400 novos funcionários para reforçar a segurança dos trabalhos; a formação de uma brigada de emergência formada exclusivamente por bombeiros [hoje, parte da brigada é formada funcionários da empresa]; melhorias no sistema de monitoramento biológico dos trabalhadores, expostos ao composto hidrocarboneto; e melhoria nos laboratórios de análises.

Os funcionários da empresa estão entrando para suas jornadas de trabalho com atraso de uma hora. A reportagem entrou em contato com a Repar no fim desta tarde para ouvir o que a empresa tem a dizer a respeito da situação, sem retorno.