A greve dos petroleiros ganhou reforço no último domingo (1) com a adesão dos 12 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que receberam a orientação de cruzar os braços a partir das 15 horas. Os sindicatos ligados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estão em greve desde quinta-feira (29) em oito estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Alagoas, Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá. A FUP abriga 12 sindicatos do Amazonas, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros informou que as principais reivindicações da categoria são a “retomada dos investimentos da Petrobras, a manutenção dos empregos e a garantia de condições seguras de trabalho”. A FUP afirmou ainda que as “necessidades inadiáveis da população serão garantidas pelos petroleiros ao longo de toda a greve”. A Federação reclama dos cortes de investimentos, da venda de ativos, da interrupção de obras e da paralisação de projetos da estatal.
Em nota, a Petrobras afirmou que “está disposta a discutir as cláusulas do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] na mesa de negociação. A apresentação da nova proposta econômica na última quarta-feira (28) de 8,11% de reajuste nas tabelas salariais; e a proposição de detalhar as cláusulas do ACT em reuniões acordadas com os sindicatos reforçam esse compromisso”.
A estatal não confirmou se as atividades na refinaria paranaense Getúlio Vargas (Repar) serão afetadas pela paralisação. Em nota, a estatal afirmou que “não há prejuízos à produção ou ao abastecimento do mercado”. Ninguém foi localizado para comentar a greve nos sindicatos que atuam no Paraná.