Os empregados da Petrobras na bacia de Campos realizam nesta sexta-feira (9) uma nova greve de 24 horas, para protestar contra o fim de um benefício conquistado em 2011 e retirado por liminar obtida pela empresa este ano.
Segundo o diretor do Sindipetro/NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) Antonio Alves, 41 das 46 plataformas que operam na bacia aderiram à greve. A Petrobras enviou equipes de contingência para não permitir a parada de produção das plataformas.
Segundo Alves, os sindicalistas conseguiram impedir a entrada de equipes de contingências em duas plataformas, P-53 e P-56, e reduziram a equipe da P-27. "Com as manifestações, o helicóptero não conseguiu voltar para a plataforma depois da primeira viagem, foi só uma parte da equipe", disse o diretor.
Alves informou que na parte da tarde uma reunião irá avaliar se houve redução da produção e os próximos passos a serem dados pelo movimento.
No dia 30, o Sindipetro/NF vai aderir também à greve das centrais sindicais.
Esta é a segunda greve de 24 horas na bacia de Campos sobre o mesmo tema. Uma outra, feita em 25 de julho, conseguiu diminuir a produção da empresa em 10 mil barris, segundo a Petrobras, e em 50 mil barris, segundo o sindicato.
De acordo com Alves, a retirada do benefício faz parte da tentativa da Petrobras de economizar recursos para equilibrar seu caixa, que vem sendo afetado pelas volumosas importações de gasolina e diesel no mercado internacional.